terça-feira, 16 de dezembro de 2008

AME-SE

Acabou de me dar um cinco minutos e decidi escrever. E quando isso acontece, preciso ser rápida.
Bom, vamos falar de um assunto muito comum, pesadelo de muitos, principalmente de nós, meninas-mulheres, adolescentes, nessa fase tão complicada, nessa transição tão perturbadora...
O assunto de hoje é:

ACABOU! E AGORA?

Bom, terminar um relacionamento é sempre algo muito doloroso. Eu diria que sempre é a mesma merda.
Um sofrimento só, principalmente se o negócio já durava um certo tempo, os pombinhos já haviam apresentado os seus respectivos para suas mamães, já conheciam a família...
É uma puta coisa chata!
Porque estão todos acostumados a te ver com fulaninho (a). Você levava ele(a) nos almoços de família, daí, na ressaca do término tem um aniversário que você não pode faltar de jeito nenhum, então chega aquela tia legal, e mesmo percebendo a sua maquiagem tentando disfarçar os seus olhos tristonhos, ela pergunta na maior cara de pau:
" Cadê seu namorado???"
E depois que você manda a velha tomar no narigão dela, você sai de sobrinha mal educada.
Tudo bem, acontece, não é?
A questão é que para nós, meninas-mulheres, um término é um drama!
Parece que nunca mais vamos amar novamente, e que ele é insubstituível!!! E onde você passa, você vê um boné como o dele, e ouve as músicas de emo que vocês costumavam ouvir, aquelas bem melosas... e daí? Você chooooooora!
Fica fuçando o orkut dele e morrendo de raiva das baranguinhas que ficam deixando scraps perguntando o que ele vai fazer no final de semana!
É, quando a gente termina parece que perde o chão. Nada tem graça...
Daí depois daquela ressaca vem a fase de " Vamos ser amigos pelo menos". Péssima idéia, se vocês querem saber!
Porque de duas, uma. Ou ele vai tentar ficar com você, mas só ficar... Daí você se sente usada, traída! Ou ele vai te tratar mal ( no caso dos ditos "moleques" eu digo).
Daí você fica revoltada, xinga, briga, chora.
Você tentou ser legal, tentou deixar pelo menos uma foto de vocês dois no orkut, pra dizer que ele foi especial. E ele? nem aí!
Pois é...
A gente sofre, sofre mesmo. Acha que está tudo perdido.
Mas se querem saber de uma coisa? Moleque é que nem ônibus: perdeu um, logo passa outro!
Mas eu disse moleque...
Porque homem, homem de verdade....
Ah, daí é outra coisa né amigas...
Deixa que a gente fala deles num próximo post!
Mas se querem algumas dicas pra esquecer de vez o " falecido", aí vai:
1) Delete, isso mesmo, delete todas as músicas que fazem você lembrar dele. Porque mulher é meio masoquistas e as vezes vai se "testar", pra ver se já esqueceu, daí já era!
2) Delete as fotos do computador. As reveladas, guarde num lugar aonde você sabe que não vai mexer.
3) Fique sem falar com ele por um tempo. Um bom tempo eu diria. Nada de tentar ser amigo, isso não existe!
4) Nada de tentar arrumar outro amor logo de cara, isso só vai piorar.
5) Amigas. Esse é o melhor remédio. Saia bastante, se divirta! Seja na balada, em casa, vendo filme, qualquer lugar.
6) Leia. Ocupe sua mente. Já diz a minha mãe " Cabeça vazia, oficina do diabo"
7) Dance.
E acima de tudo : AME-SE!
Porque quem não ama a si mesmo, não consegue amar alguém por completo.
Amor próprio. O primeiro e último.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Se for beber, não dirija!

A claridade desse quarto ofusca um pouco a minha visão. Pra quem estava em sono profundo, ser ver a luz do dia a seis meses, qualquer lanterna incomodaria.
Seis meses.
Seis meses de dor, de agonia, de tristeza. Seis meses de luta, de cansaço. Seis meses sem dormir, sem comer direito. Seis meses sem viver direito.
Foi o que eu fiz com a minha família e com Ágata, minha noiva.
Eu e minha irresponsabilidade.
Para mim, que estive em coma é dificil pensar que passei seis meses dormindo. Não parece que fiquei aqui tanto tempo. A lembrança mais recente que eu tenho são as cenas do acidente e de como isso mudou minha vida.
A gente não reconhece o valor que a vida tem até estar prestes de perdê-la, e mesmo assim, parece não significar muita coisa. Mas quando a gente vê a pessoa que a gente mais ama a beira da morte, a gente percebe que a vida é muito frágil e que um namorado babaca pode arruinar a vida de uma família toda.
É assim que me considero, um namorado babaca.
Eu e Ágata estavamos noivos a dois anos. Casamento marcado e tudo. Numa quarta feira do mês de agosto fomos convidados pra um aniversário de um amigo, numa cidade vizinha.
Lá fomos nós. Nos divertimos muito, mas eu bebi além da conta. Ágata me dizia, " Lucas, vamos devagar, deixa eu guio!". E eu discuti com ela, dizendo que estava bem o suficiente para dirigir.
Foi tudo muito rápido, só vi um caminhão, e uma luz. Tudo se apagou.
Acordei com barulho de sirenes e gritaria. Olhei do meu lado, Ágata estava presa nas ferragens, chorando, tremendo de frio, toda molhada pela chuva que caía naquela noite tão fria e horrenda.
Foi a pior cena que eu vi na minha vida. Ela tentou sorrir " Lucas, você está bem?"
Eu tentei levantar pra ajudá-la, mas foi inútil. Parecia que eu não tinha mais noção nenhuma do meu corpo, que eu nunca mais iria mover um dedo sequer.
Logo os bombeiros apareceram, tiraram Ágata com cuidado e agilidade. Foi quando um deles disse uma frase que me fez morrer por dentro.
" Vamos depressa, ela está perdendo muito sangue, acho que não vai aguentar até o hospital!"
Minha visão embaçou, eu sentia muita dor de cabeça. Desmaiei.
Acordei novamente no hospital. Minha mãe estava ao meu lado, rezando.
" Filho, você vai ser operado!" ela disse, tentando sorrir para me tranquilizar.
" Por que?"
" Você está com muito sangue coagulado na cabeça, eles precisam tirar."
" Onde está a Ágata?"
" Vamos rezar para que ela fique bem..."
Logo fui levado pra sala de cirurgia. Foi a última vez até hoje que estive de olhos abertos.
Durante a cirgurgia entrei em coma, acordei hoje, e já estamos em fevereiro.
Quando abri meus olhos, Ágata estava ao meu lado, rezando.
Ela chorava convulsivamente e agradecia a Deus! Eu não compreendia, achava que Ágata havia morrido no acidente, estava desolado.
Foram três dias de conversa com o psicologo pra assimilar tudo o que havia acontecido desde o acidente. Ágata foi submetida a uma transfusão de sangue, e duas cirurgias na perna direita. Felizmente não tinha nenhuma sequela do acidente.
O médico disse que eu voltaria a andar em um ano, e que tinha que agradecer a Deus por não ter ficado com sequelas mais graves.
Eu sei. E agradeço. Mas me culpo e me culparei até o fim dos meus dias, pois fiz minha família passar o Natal e o Ano Novo no hospital comigo. Fiz Ágata sofrer seis meses. Ela emagreceu quase dez quilos. E o pior, é que ela poderia ter morrido. Isso é o que mais me dói. Eu cheguei a pensar que nunca mais veria Ágata, que eu passaria o resto dos meus dias numa cadeira de rodas me culpando por ter acabado com a vida da única mulher que me amou a vida toda.
Nessa eu percebi que a vida é muito frágil pra que a gente abuse dela como bem entender. A vida é um cristal muito fino e delicado, e se a gente vacilar ele se quebra. Hoje eu olho bem dentro dos olhos azuis de Ágata e sinto uma imensa vontade de chorar. Chorar de alegria, de tê-la aqui comigo, de saber que assim que eu voltar a andar a gente vai se casar, vai constituir uma família linda e sólida.
Eu aprendi, hoje eu sei como a vida é maravilhosa e agradeço a Deus por ter me dado essa segunda chance!
Porque se não fosse Ele, hoje eu nem estaria aqui.
Espero que vocês aprendam com a minha história e aí vai uma frase clichê, mas um clichê que pode salvar vidas : SE BEBER, NÃO DIRIJA!

Entre o céu e o mar....


Clareava o dia na praia. Os primeiros raios de sol dançavam no horizonte em tom alaranjado, cor de rosa, azul clarinho, lilás, desenhando no céu lindas bailarinas da manhã, que com o surgir do grande astro por inteiro, iriam deixar o palco. O corpo de baile dos pássaros da manhã voava com graciosidade, causando inveja aos homens que tinham os pés presos no chão, e o corpo amarrado por uma estranha força chamada gravidade.
Pes descalços, ela caminhava ao som do mar, observando toda a beleza da manhã do litoral.
O cheiro de mar invadia sua mente a trazia lindas lembranças de uma infância dourada, regada com amor e areia.
Passeava pela orla, e as ondas beijavam delicadamente seus pés, trazendo uma sensação boa, de paz.
Ela caminhava e de repente parava. Parava só pra olhar aquela linha tênue que separava o céu do mar. Desde criança gostava de observar aquela linha. Parecia que o mar de o céu se encontravam ali, e tudo era mágico naquele lugar. Criaturas do ar e da água convivendo em plena harmonia. Anjos e sereias, ninfas e fadas... Corais e cometas. Estrela do céu e do mar....
Observava aquela linha e imaginava se algum marinheiro já havia ousado desvendar os seus mistérios, se alguém já havia navegado até lá pra descobrir como era.
Queria saber nadar, ou voar, só pra chegar até lá...
Lá tudo era belo, não havia fome, nem dor, nem miséria. Não havia lepra, nem tuberculose.
Respirou fundo. O ar lhe faltava. Tossiu. A toalhinha mais uma vez suja de sangue. Sentiu-se enfraquecer, já não aguentava mais aquele martírio.
Decidiu ir até a linha.
Entrou no mar onde a água batia pela metade das canelas. Não conseguiu ir mais longe do que isso, seu corpo não aguentava.
Então num ato de misericórdia, abriu os braços para o mar, suas lágrimas pediram repousou...
Um vento forte levou sua alma para sua verdadeira morada. O corpo, que por muito tempo servira de morada para sua alma já não servia. Estava fraco e doente demais para segurar aquele espírito tão bom, jovem , cheio de luz e vida.
Ela partiu. Voou rente ao mar, sentindo a maior sensação de paz que jamais imaginara existir.
Ela voou, voou, voou...
Voou até a linha. Sim, aquela linha que muitos dizem ser o limite para os sonhos, quando na verdade é lá que eles começam... Entre ó céu e o mar....

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Moleques


Maturidade.
Era só o que faltava. Maturidade.
Existe uma linha muito tênue entre homens e moleques e isso é um grande impecilho pra nós mulheres, afinal, quem vai querer namorar com um cara que te larga por um skate, uma balada, ou por meia dúzia de garotas?
Moleques sempre acham que estão por cima da situação, que são os "fodões", que tem todas as mulheres aos seus pés, que podem tudo, quando na verdade não sabem nem o que é viver.
Posso dizer por experiência própria ou mesmo pelo que tenho ouvido todos os dias e a cada dia mais, moleques não chegam a lugar nenhum e nós já estamos cansadas deles!
Não podemos negar que tem uma certa idade que o rapaz tem todo o direito de ser moleque. Você não pode exigir de um garoto de quinze anos que ele te trate como um cara mais velho te trataria, pois ele ainda é um garoto e da vida sabe tão pouco. Ele tem todo o direito de curtir, zuar, fazer suas molecagens por aí, afinal ainda é um moleque.
Mas chega uma etapa da vida que já está na hora de largar mão desse sentimento de molecagem e partir pra vida adulta.
Chega uma hora que ser moleque não é mais aceitável, que nenhuma mulher aguenta uma criança ao seu lado, afinal eles vão continuar achando que são meninos de pele fina e podem fazer o que faziam antes, e pra piorar, querem ter os mesmos privilégios de um homem!
Ora! Cresça então meu filho!
Existem ainda aqueles que se dizem homens, mas bem lá no fundo são moleques de tudo! Não aprenderam com as bofetadas da vida, acham que terão dezessete anos pra sempre!
Nessa eles perdem uma, duas, três namoradas, muitas vezes perdem seus amigos... De moleques passam pra moleques chatos!
Tudo bem que ainda existem aqueles garotos novinhos com uma mente muito boa e ampla, abertos aos ensinamentos da vida, com plena consciência de que é melhor se acostumar com as responsabilidades desde já, porque um dia ele terá de crescer!
A cada dia que passa eu vejo mulheres, garotas indo em busca de caras mais velhos, com uma mente mais bem elaborada e que não vai te trocar por um jogo de futebol ou sair escondido na balada, se achando o Grande Enganador!
Na verdade, tipos como esses serão os Cornos de amanhã! É a lei da vida " Galinhas de hoje, Cornos de amanhã!". Hahahaha.
Moleques não sabem valorizar uma mulher, não a tratam com o devido respeito, acham que podem com todas e todas os amam! Moleques são insensíveis a ligações, mensagens, recados e romantismo.
Moleques numeram as garotas, como se fossem um rebanho marcado! Fazem apostas sem nexo, contam de sua intimidade pra todos, principalmente pra tirar vantagem da menina com os amigos!
E não estou falando só dos moleques de quinze a dezoito anos não! Existem muitos homens com mentalidade infantil, homens de 20, 30 e até 40 anos!
Acham que a vida será um eterno final de semana, no meio da balada, com uma porção de mulheres lindas a seu dispor e muita bebida!
Mas e aí, no dia seguinte que ele começa a perceber que as minas da balada não ligam pra ele, e ele está sozinho!
Daí o imbecil entra em crise e fica sozinho, pois mulher que se valoriza de verdade não leva um moleque adiante! Uma porque não quer, outra, porque não dá! Haja paciência!
E o pior dessa história toda que a cada dia que passa eu vejo mais e mais moleques por ai. Alguns de 14, outros de 16, outros de 25, outros 50! Pois é...
A vida passa, todo mundo evolui, menos os moleques!
Então meus queridos se vocês não querem passar o resto da vida de vocês numa crise existencial sem ninguém pra dividir a vida ai vai um conselho:
CRESÇAM E APAREÇAM!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Fantasmas

Quem tem medo de fantasma?
Aqueles brancos, que insistem em nos perseguir, arrastando suas correntes e não nos deixando dormir!
Pode até dar medo, mas existem pessoas que chamam esses fantasmas para si, e não leve ao pé da letra quando digo fantasma, na verdade estou falando do pior tipo de fantasma que existe: os fantasmas do passado!
Pessoas que se acorrentam a velhas imagens, a lembranças em preto e branco e fazem delas o seu maior tormento.
Pessoas que vivem de um leite que já azedou, que alimentam-se de um pão que já está duro, e que ao ser mordido faz sangrar as gengivas.
Pessoas que sentam toda vez, no mesmo lugar, para assistir o mesmo filme-tragédia, que sabem que vão chorar no final, mas insistem em assisti-lo.
Pessoas que não se abrem pras novas oportunidades da vida, ficam presas por livre e espontanea vontade, mas culpando seus fantasmas.
E os fantasmas os rondam, os fazem lembrar de coisas que eles não consequem e não querem esquecer,
Masoquistas.
Chicoteam-se, ferem-se, sangram e imploram " me deixem em paz!", quando na verdade quem tem a chave pra libertar-se das correntes são eles mesmos.
Lembram-se de tudo, e tudo os faz lembrar. Fotografias recortadas, cartas lidas e relidas, um papel de bombom que já tem mais de cinco anos.
Sentem as bofetadas e as dores que os fantasmas lhes causaram até o presente momento.
Traumatizam-se a cada dia mais, é como uma doença que eles dizem saber não explicar, e não ter cura, quando na verdade só eles tem o remédio!
Passam pessoas e pessoas diante de seus olhos, algumas até dizem, " liberte-se de seus fantasmas!" mas quando os fantasmas já dobraram a esquina eles gritam e clamam por suas correntes!
E os fantasmas voltam...
E voltam...
É um ciclo vicioso e não existe ninguém que possa ajudar uma pessoa assim se ela não quiser ser ajudada, somente ela mesma.
Ela poderá se ajudar se perceber que aqueles fantasmas a cegam e impedem a entrada de novas pessoas, novas histórias em sua vida, e que isso lhe é mais tóxico do que qualquer droga, pois elas perdem o amor próprio, perdem a confiança em si mesmas e nos outros, vêem muitas pessoas passarem por suas vidas, mas se vêem presas aos fantasmas; não se dão novas chances de serem felizes. Perdem o brilho da vida, atadas por nós muito fortes que somente elas podem desamarrar...
É preciso libertar-se dos fantasmas, antes que se torne um vulto cinza e esquecido assim como as próprias lembranças que os assombram.

domingo, 23 de novembro de 2008

Sarah

Dirigindo sem rumo. A estrada parece não ter fim.
Nos meus olhos, um vazio.
Dizem que os olhos são o espelho da alma. Minha alma está vazia então.
Nunca pensei que pudesse amar uma pessoa com tanta força que não saberia depois, se precisasse, como "desamá-la".
Sempre fui um cara que teve todas as mulheres a sua volta, mas nenhuma delas, eu digo, nenhuma delas é tão linda e especial como a Sarah. Não existe.
Sarah é uma mulher diferente de todas as outras, ela é mística, ela é...
Desde que cruzei seu olhar pela primeira vez sabia que estava caindo num abismo, numa deliciosa queda da qual eu não queria sentir o chão.
Sarah tinha uma ternura angelical que eu nunca havia visto em minha vida. Estudante de medicina, dedicada a cuidar de seu próximo, atenciosa, tão delicada e frágil quanto uma rosa, mas tão resistente e firme quanto uma guerreira.
Sarah era a garota dos meus sonhos, a mulher dos meus filhos, era tudo o que eu tinha pedido a Deus.
Decidi então largar aquela vida fácil que eu levava, com mulheres que não me amavam pra devotar tudo que eu tinha de bom a Sarah.
Muitas vezes me sentia diminuído, pois os pensamentos dela eram vezes e vezes mais elevados que os meus... Mas ela me consolava, dizia pra eu aprender com ela.
Eu amava Sarah, amava como nunca havia amado ninguém, como nunca imaginei que teria forças pra amar alguém assim.
Mas eu sentia que não conseguia demonstrar isso como um todo, pois eu tinha amigos que viviam dizendo, " depois que você casou com a Sarah, você esqueceu as coisas boas da vida, mano!".
E eu parava pra pensar. Comecei a agir diferente com Sarah quando os meus ditos amigos estavam por perto, e eu via nos olhos dela brilhos de decepção.
Eu ia deixá-la em seu apartamento e perguntava.
" Não vai me chamar pra subir."
" Hoje não Hique!"
" Por que isso?"
" Você não é mais o mesmo, você me trata como qualquer uma na frente dos seus amigos, isso me chateia muito Hique. Se você acha que eu vou tolerar seus machismos porque você está perto deles e quer dar uma de bom, me desculpe, mas não é bem assim. Pense bem no que você está fazendo com a gente!"
Foram inúmeras conversas como essas, e eu tentei melhorar, mas na verdade, achava que estava tudo bem...
Uma noite, eu liguei pra Sarah dizendo que íamos sair com meus amigos.
" Não vou."
" Vai sim."
Ela desligou.
Fui até seu apartamento. Bati na porta e ela abriu com os olhos marejados.
" Que foi, Sarah?"
" Não dá mais Hique. Eu cansei!"
" Por que?" eu comecei a tremer e a suar frio.
" Porque você é um idiota Hique! Enquanto você fica me tratando mal na frente dos seus amigos, um deles me liga depois pra falar mal de você e me consolar Hique! Você é um idiota mesmo!"
Foi um choque.
Sarah me contou que um dos meus ditos amigos ligou pra Sarah, dizendo que eu não era homem pra ela, que eu a tratava muito mal, sendo que ele que tinha me incentivado a tratá-la daquela maneira.
" Mulher a gente trata no cabresto, mano!"
" Sarah, me perdoa, por favor!"
" Perdoar eu perdoo, Hique, mas não dá mais! Sabe, eu cansei disso. Na minha frente você é uma coisa, na frente deles, é outra e me trata como uma qualquer! Sabe Hique, chega, cansei! Você não tem opinião, você se deixa levar pelas conversas furadas desses manés que se dizem seus amigos, pois é Hique, você tá muito mal de amigos!"
" Não Sarah, não faz isso comigo!"
" Quem fez algo a alguém foi você Hique! Quantas vezes eu não te avise, agora já deu sabe! Eu vou chorar, eu vou sofrer, mas quem fez a merda foi você! Agora sai do meu apartamento, estou esperando minhas amigas!" ela dizia com lágrimas nos olhos.
" Você me decepcionou Hique, me decepcionou muito!"
Eu sai chorando, com vergonha de pronunciar uma palavra sequer. Tinha perdido a mulher da minha vida. A única que eu amara de verdade, mas que amara com toda as forças que jamais havia imaginado que teria pra amar alguém assim.
Já faz um ano, e eu sinto a dor que me causei. Sarah está namorando e está feliz, foi o que me disseram suas amigas.
E eu aqui, perdido nessa estrada, nem sei onde vai dar, bem que ela poderia me trazer de volta Sarah....

Soledad

Na minha janela vidro molhado do lado de fora. Um domingo gélido e sem nenhuma importância.
Ninguém para dividir um segredo.
Sola. Estoy sola. Escutando Andalucia.
Estava calor e de repente o sol sumiu. E a menina que pintava suas bochechas com rouge para ter uma expressão de boneca fez-se quieta.
Andalucia andalucia.
Não pretendo ferir, nem chatear coração algum com a minha tristeza dominical, mas depois de sofrer pressão psicológica e descobrir que não sei nada de física, eu só queria fazer aquilo que me conforta depois de te olhar nos olhos.... escrever....
Meus dedos perdidos não sabem o que escrever, mas sentem uma sede, uma necessidade de dançarem pelo teclado em busca de qualquer palavra que satisfaça meu silêncio.
Soledad.
Hoje sou Soledad no real sentido de suas letras. Soy Soledad. Morrendo de saudades, em busca de você por entre as ruas vazias de uma cidade que você não habita e nem meu coração.
Não é dispendioso, e nem me faz sofrer, mas eu tinha esquecido o que era tristeza de domingo.
Hoje bateu. Tudo bem, vai passar.
Amanhã vai ser segunda. É só fechar os olhos.
O cinza do céu não ajuda. Nem os hormônios.
Eles estão alterados. Eu sofro as consequências da vontade deles.
Por favor, só não me façam chorar.
Minhas mãos estão sozinhas demais para isso.
Hoje não há ninguém para dividir um segredo.
Mas hoje vai acabar, e amanhã será segunda.
Bingo!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Índia Pop! Shanti shanti...rs

( Novo filme das Cheetah Girls)
( Caminhos da Índia

Vivemos num mundo rodeado de Modismos. Ora, quem não se lembra da febre que foi O Clone??? E de quantas camelôs não ficaram ricos vendendo pulseirinha da Jade, lenço para dança do ventre, e por falar em dança do ventre quantas grandes dançarinas não surgiram graças a essa época?
Pois bem, nem sempre os modismos são tão maléficos, a não ser pelo fato de a Rede Globo ter deturpado boa parte da religião e cultura islâmica, os modismos em tese costumam ser absurdamente lucrativos.
Agora, a onda do momento é a Febre Indiana! Como assim?
Pois é, não bastava a Disney com as novas aventuras das Cheetos, opa, quer dizer, Cheetah Girls na Índia, agora vem a nova novela da Rede Globo, " Caminhos da Índia", pra trazer muitas novidades para o seu guarda roupa!!!! ( Ahhhh que péssimo!)
Para aquelas patricinhas sem opinião que assistem a novela das oito pra ver qual vai ser o figurino de amanhã, preparam-se pra abandonar o salto e cair de cabeça nas rasteirinhas, saias longas, vestidões, vestinhos, panos leves, batas e se possivel até um sari ( vai ser muito engraçado).
Camisetas de Shiva, Ganesh, Govinda, Parvati, Vishnu, Ananda, entre muitas outras divindades e simbolos como o Om, e mantras vão estar em alta! Já tem gente colocando foto dos deuses no orkut pra se atualizar antes mesmo da novela ir ao ar!
Mandalas e jóias em geral, tapetes, nossa, o comércio vai ser uma beleza! Sem falar na quantidade de gente viajando pra Índia só pra encontrar a Juliana Paes e dizer " Que linda você no Taj Mahal!"
Na verdade, isso não me anima muito...
Pois as pessoas que realmente apreciam a cultura indiana, que gostam de suas roupas, suas danças, seus deuses e mitos vão ser apenas mais um no meio da multidão de robôs coloridos e imbecis seguidores de modinha.
E depois que a novela acabar, nós seremos vistos de bata e apontados como " fora de moda"!
As pessoas vão decorar suas casas com quadros de Shakti e Kali sem saber ao menos o que elas representam, e vão usar camisetas e entoar mantras que nem imaginam o que sejam.
Professores de yoga, professores de danças indianas como o kathak vão ficar multimilionários dependendo da repercusão da novela, que, na minha opinião será " O Clone 2 em relação a modismo.
Vai ter gente de terceiro olho pra lá e pra cá! Bijuterias indianas como o picur vão estar em alta! Sem falar nas peruas que só vão faltar andar cheias de henna nos pés e nas mãos.
Juro que se eu ver uma vou rir muito e vou dizer: " Vai casar colega?"
Mas não podemos fazer nada, no máximo assistir a novela pra ver o que vai dar e torcer pra que o povo aprenda um pouco da belíssima filosofia indiana!
Mas tenho um consolo....
As roupas vão sair mais baratas, porque teremos uma porrada de camelôs vendendo batas, saias e vestidos a preço de banana!!!! Hahahahaha!
É rir pra não chorar!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Luzia


"Não há mais nada.
É só eco da minha voz procurando com quem conversar.
Luzia, onde está Luzia?
Luz que me incendiava e reluzia seu amor, ah Luzia...
Reluz, andaluz, cigana de mil feitiços que eu julgava inúteis contra meu ceticismo.
Oh Luzia, venha ler a minha mão, vem me dar o teu perdão,
Eu já não tenho coração, nem alma, nem pão.
Sem você Luzia, tenho passado meus dias de cão.
Luzia, Luzia, vem ler a minha sorte
E afasta a dor de morte que me causa tua ausência.
Luzia, eu sei que errei
E que por nada fraquejei, e não te fiz minha mulher.
Eu lhe achava oportunista, mas na verdade você só era artista
Do circo do amor.
Ai Luzia, essa dor tá no meu peito,
não vai embora, não tem jeito.
Me perdoa, minha cigana.
Eu esqueço sua vida mundana
E que você já esteve na cama com alguém que não era eu.
Luzia, faz de conta que você é pura
E que nunca esteve na rua,
dançando para lua.
Luzia, Luzia, Luzia....
Volta reluzir na minha vida...."


E Luzia, lendo o poema do atrevido respondeu.

" Não volto, não adianta chorar. Fui reluzir em outro lugar! Colha agora o que deu de suas sementes de erva daninha! Eu sou mais eu, eu sou Luzia!
Ah, melhore a caligrafia!"

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

De volta...

O porto estava cheio. Era dia de descarregar as mercadorias vindas do Oriente. Homens grosseiros e malcheirosos assoviavam e voltavam seus olhares para ela. Ela não se importava.
De longe observava o navio de carga, o das cinco e meia como havia lhe dito Orfeu.
A medida que o navio de aproximava suas mãos tornavam-se cada vez mais gélidas e trêmulas, seus olhos verdes tão claros pareciam uma imensa planície de gramíneas alaga por uma torrente chuva. Aquele navio era sua última esperança.
As cachos de cabelos louro-acinzentado desvaziam-se no vento forte, e ela sentia que não aguentaria mais um dia de vida se não tivesse noticias dele.
Foram cinco longos anos, os mais longos possiveis. Incansáveis, deprimentes.
Seu coração ia descompassado. O navio ancorou. Ela quis se aproximar, mas permaneceu imovel. Seu olhar angustiado o procurava, " Por favor Meu Deus, não faça isso comigo!", ela pensava em meio toda aquela agonia que parecia infindável.
Então, ela vê saindo do barco, um homem alto, sujo, muito magro, carregando uma trouxa, cabisbaixo, com um andar muito lento e manco.
Foi quando ele ergueu seu olhar e sorriu. Aquele sorriso! Ah, aquele sorriso era inconfundível, aquele olhar expressivo...
Ela quase não se aguentava de felicidade. Ele parou de andar, respirou fundo, mal podia acreditar no que seus olhos viam.
" Ilena!!!" disse abrindo os braços.
Ela correu em direção ao abraço dele.
" Meu amado, meu amor, Gabriel você está vivo! Santo Deus, obrigada Meu Pai!!!"
Lágrimas de felicidade rolavam pela face de ambos. Abraçaram-se com tanta força que pareciam que nunca mais iriam sair daquele abraço.
Ela olhou ternamente em seus olhos.
" Meu Amor, quase não o reconheci, Oh Deus, o que fizeram com você! Você está tão magro, está ferido, sua perna, o que..."
" Ilena, meu amor, estou vivo! Estou aqui! Nada importa! Estou aqui com você! Nem posso acreditar, tinha perdido minhas esperanças naquele lugar horrendo, mas cada vez que me lembrava de seus olhos, de seu rosto, eu sentia um sopro de vida em meu peito! Ah Ilena, tanto eu chorei pensando que nunca mais iriamos nos ver! Mas Deus é bondoso, olhe! Estamos aqui! Eu te amo Ilena, e nunca mais vamos nos separar, nada vai nos separar meu amor, nem a guerra nem nada!"
Ilena não conseguia pronunciar nenhuma palavra, era só felicidade e amor.
Respirando fundo, limpando as lágrimas ela sorriu.
" Vladmir jurou que iria te ajudar, como ele conseguiu?"
" Meu Amor, foi muito dificil, fui colocado dentro de uma enorme caixa cheia de batatas, aliás, devo estar fedendo! Mas no meio da viagem os marujos me ajudaram, foram muito bons comigo! Graças a eles não morri de febre!"
Ilena tinha os olhos angustiados de pensar em tudo que Gabriel havia passado naquele campo de batalha. Ela quis chorar mas ele abraçou-a.
" Vamos Meu Amor, Minha Linda, não fique assim, passou. Agora vamos pra aldeia, onde é nosso lugar!"
" Não há mais trem agora meu amor, eu consegui um quarto pra nós numa pensão, mas tive que dizer que somos casados!" Ela sorriu.
" E em breve seremos oficialmente! Ilena, eu não sei viver sem você!"
" Nem eu sem você, Minha Vida! Agora vamos, você precisa descansar e tomar um banho!" ela riu.
" Uma banho, era a segunda coisa que eu mis desejava depois de você!"
Eles riram.
Finalmente a felicidade voltara a reinar nos corações de Ilena e Gabriel. Depois de muita tormenta, guerra, medo, saudades, ausência, Deus os unira mais uma vez, e dessa vez era pra sempre!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

19/07/62 - Elis

Elis, há quanto tempo você não escreve nesse diário?!
Nem acredito, estou aqui de novo, com a minha letra gorda e redonda, o meu cigarro importado, bebendo qualquer coisa que não tenha alcool para simplesmente escrever...
Estive lendo minhas crônicas e devo confessar, ri, chorei, me emocionei e cheguei a conclusão que até teria futuro no ramo literário, sim, por que não? Já me imagino recebendo mil e um prêmios na Academia Brasi.... ah vamos com calma isso é apenas um diária que tia Zoraide trouxe-me da França, e eu diria o segundo presente mais útil, e o primeiro... não me lembro... mas deve ter tido outro mais legal...
Será?
Nossa, tenho mil idéias na cabeça nem sei por onde começar, sei que quando a gente fica muito tempo sme escrever fica assim, meio zonza, cheia de coisas na cabeça, mil imagens e letras, querendo por tudo numa linha só e na verdade, não poe nada.
Mamãe me disse, Elis, porque você não faz Moda e vai morar com Tia Zilda em Paris, é a sua cara!
Ora, ela me disse isso porque ela acha que todas as pessoas em Paris são fumantes, assim como eu!
Na verdade, tive uma idéia, assim, eu, talvez, ou melhor, eu vou escrever uma lista de metas nesse diário e a primeira será largar o cigarro....
Vamos lá

Lista de Metas de Elis ( quanta cafonice)
- Largar o cigarro
- escrever mais
- aprender a cozinhar como tia Margarida
- casar tarde ( isso não será dificil para meu humor insuportavelmente chato)
- voltar a tocar piano
- ir para França
-
-
-
-

o resto eu completo depois...
- completar a lista de metas....
Acho que já está bom por hoje... Só o fato de ter tirado uma pequenina parte de zilhões de palavras e idéias que rondavam minha cabeça é o suficiente....
Bom " querido diário", ah essa foi demais, bom, que seja, até mais...
Um beijo da Elis

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Despreendimento....


Somos ensinados desde pequenos sobre o valor de amor, mas a medida que crescemos cada um adota para si o melhor jeito de amar.
Para alguns, amar é ter um companheiro, para outros, amar é ter alguém para fazer sexo, para outros amar é ter alguém com quem compartilhar somente momentos felizes, existem aqueles que acreditam que amar é ter alguém pra aguentar as nossas crises, ou também aqueles que dizem que amar é ter alguém para inflar o ego e fazer nossa vontade. E ainda, existem aqueles que acreditam que amar é ter alguem como posse, como algo que se possa controlar.
Existe uma linha muito tênue que distingue amor de obsessão.
Quando crianças, descobrimos que não existem tão somente nossos pais e nossas mães, mas sim as mães e os pais de nossos coleguinhas. Passamos a tratar nossos pais como Meu e Minha. Desde criança definimos com pronomes possessivos o que é nosso e o que é do outro.
O adjetivo que acompanha o pronome já é bastante agressivo. POSSESSIVO!
Definimos nossos brinquedos como " MEU BRINQUEDO". O problema é que existem pessoas que adaptam esse conceito de posse para com outras pessoas.
Não estou querendo explicar regras gramaticais, só estou querendo chegar num ponto simples: as pessoas não nos pertencem!
Num relacionamento afetivo-amoroso os envolvidos criam um vínculo forte e intenso, as vezes tão intenso que subtende-se que o companheiro É DELE (A)! Assim como o MEU BRINQUEDO, por exemplo....
Amar não é, repito, não é ter o outro como coisa, como posse, não é pertencer a ninguém!
Amar é despreendimento, é amar o outro sem limites mesmo sabendo que ele (a) não é seu! Não lhe pertence, e isso dá a ele (a) todo o direito de ir embora, ou simplesmente permanecer quando bem entender....
Amar é dar asas ao outro, mesmo temendo que um dia ele possa voar pra muito longe...
Ah, e vocês me perguntam: " Que diabos ela quer dizer com isso?"
Leitores, acompanhamos essa semana o caso de Eloá e seu desfecho trágico.
Eu poderia escrever um texto muito triste aqui e postar uma foto dela, mas eu deixo aqui um alerta: AMOR NÃO É POSSE! Por isso vamos amar, mas um amor despreendido!
Tenho que certeza que onde quer que ela esteja ela foi muito bem recebida e está ao lado do Pai!
Descanse em paz...
E para todos aqueles que sofrem com essa história, tenhamos fé que a morte é apenas uma separação momentânea dos corpos, mas nunca dos espíritos que se amam...

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Maçã e Mel


Ela tinha os olhos fixos nos próprios olhos. Um belíssimo espelho mostrava-lhe algo de mais belo: uma alma que havia sobrevivido aos piores dias de sua vida.
Faziam cinco que Yonah e Avrom estavam livres do pesadelo do holocausto.
Yonah em seus vinte e dois anos já havia passado por muita coisa.
Da familia de Yonah, restara apenas ela, assim como de Avrom. Tinham um ao outro e isso foi o que os fortaleceu o tempo todo.
Hoje, Yonah trabalhava em uma editora de livros, e Avrom era rabino. Tinham tido três filhos. A menina Raizel, de quatro anos, Caleb, de três e Miriam, a mais nova de um ano e meio.
Seus olhos verdes e expressivos haviam visto muitas coisas horríveis no campo de concentração, imagens das quais ela se esforçava dia após dia para esquecer.
Avrom lhe dava forças. Ele e seus filhos eram tudo o que ela mais amava.
" Chega de pensar nisso. Passou"
E apressada desceu as escadas da bela casa que haviam comprado com muito suor e trabalho.
Na cozinha, a velha Afra preparava um delicioso doce de maça com mel. Yonah aproximou-se.
- Hum, adoro esse seu doce Fa! Há tanto tempo não comia um assim, como o que minha mãe fazia! Obrigada por tudo Fá!
- Oh minha menina, obrigada a você por me dar a honra de viver junto dess familia linda!
Yonah sorriu, foi ver como estava a decoração. Tudo impecavel para a festa!
Avrom chegou trazendo as crianças que gritavam.
- Ima, ima, olhe o que Abba nos deu!!!
Ela sorriu vendo os brinquedos...
- São lindos crianças! Agora, vamos, Fa preparou um lanche para vocês...
A pequena Miriam ainda cambaleava um pouco para andar, mas teimava em fazer tudo sozinha.
- Venha, Fá leva você, Miriam...
- Nãnãnã...
- Deixe Fá, ela vai sozinha...
Avrom e Yonah sorriram e se abraçaram.
- Como foi o passeio?
- Foi ótimo, mas faltou você, amor!
- Ah, você não perde seu romantismo, mesmo depois de tantos anos...
- Que eu posso fazer, você me deixa assim, desperta o maior amor que há em mim!
- Avrom, eu amo você, meu bem! Sabe, hoje estive pensando em tudo que passamos pra chegar aqui, e se não fosse por você, sua coragem... Você sempre cuidou de mim, todas as vezes em que eu adoeci naquele lugar horrível, e...
- Acalme-se, minha linda... Passou, tudo bem? Já foi! E eu cuidaria de você quantas vezes fosse preciso, porque eu te amo e você é tudo pra mim! Estivemos um ao lado do outro sempre, e vamos estar assim eternamente! Você é minha companheira, minha mulher, minha amante, minha amiga, a mãe dos meus filhos... E olhe para tudo que construímos... Não teriamos chegado a lugar nenhum se não estivessemos juntos!
Ela tinha lagrimas emocionadas em seus olhos. Sabia o qunto amava Avrom e o quanto lutaram para poder ter a paz e o amor que tinham.
- Hoje é dia de festa, minha princesa! Feliz Rosh Hashaná pra nós! Que o Criador nos abençoe a todos nós!
- Que assim seja, meu amor!


quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Tango De La Rosa


Num belissimo e requintado restaurante em Buenos Aires, Angélica e Miguel aguardavam para que o maitre os atendesse.
" Vocês tem reserva?"
" Sim, está aí meu senhor, Angélica Baville."
" Ah, senhorita Baville, mil perdões quase não a reconheci! Seu pai é um grande admirador de nosso restaurante, sempre que vem a Buenos Aires ele vem nos visitar!"
" Ah sim, por favor a melhor mesa! Queremos assistir o show de perto!"disse áspera e prepotente.
Miguel muitas vezes perguntava-se o que estava fazendo com aquela mulher que não raramente abusava de seu sobrenome e sua condição para sair por cima de todas as situações.
"Está tudo bem, Miguel?"
" Sim, querida."
Miguel levara Angélica para assistir o mais badalado show de tango de Buenos Aires. Falava-se muito de uma nova dançarina, cujo nome era Lola Hernandez. Juntamente com o show Miguel desejava pedir a mão de Angélica em casamento, embora não a amasse, o pai dela já estava fazendo muita pressão para que isso ocorresse, então, antes que ele se metesse, Miguel decidiu fazer tudo a sua maneira.
Angélica era uma mulher belíssima, herdeira de um patrimônio enorme e de um orgulho maior ainda. Sabia de sua beleza e seu dinheiro, e sentia-se acima de todas as hierarquias. Era louca de ciumes e amava Miguel, não deixaria que nada arruinasse seu amor doentio por ele.
Logo, violinos e luzes começaram a embriagar a platéia. Num feixe de luz ela surge, com uma tradicional e belissima rosa vermelha presa aos cabelos. Olhar baixo e tênue, sentindo cada nota musical em seu ser.
Ela sobe o olhar que vai de encontro a Miguel. Era como se aquele show já tivesse sido planejado por uma força maior. Ela fica parada por um segundo, e então dança apaixonantemente com o bailarino que a acompanha.
Miguel estava embriagado por Lola, e ela por ele. Todos os movimentos que ela fazia, pensava como se estivesse dançando com ele. Sem que Angélica percebesse ele fazia o mesmo.
E logo que o show de Lola terminou numa belíssima pose. Ele virou-se para Angélica e disse.
" Lhe trouxe aqui para comunicar-lhe sobre minha viagem para Londres. Ficarei algum tempo por lá, não sei quanto exatamente, não acho que seria conveniente mantermos um noivado a distância."
Angélica levantou-se furiosa, jogou uma taça de champagne na cara de Miguel.
" Você me paga!" e foi embora fuzilando ódio.
Ele esperou até que o último cliente fosse embora, e logo avistou numa mesa, sozinha, a belíssima Lola Hernandez, jantando sozinha.
" Desculpe miha petulância, mas poderia sentar-me com a senhorita?"
Ela sorriu.
" Claro."
" Desculpe-me mais uma vez, mas a senhorita deve ter recusado milhares de convites para estar jantado aqui sozinha."
" Nenhum deles valia realmente a pena." Bebeu um gole de champagne e sorriu. " O senhor tem olhos que eu conheço."
" Eu diria o mesmo. Me acompanharia por um passeio pela belissima cidade de Buenos Aires?"
" A essa hora?"
" Sim..."
Ela sorriu novamente.
" Sinto que já nos conhecemos, mas não saberia dizer se é daqui..."
" O que importa? O importante é que nós estamos aqui... Aqui e agora... Tem algo em você que me diz que tudo vale a pena..."
Ele segurou uma das mãos dela. Ela não disse nada. Ele entendeu. Apenas sorriram. Palavras não seriam necessárias. Eles se entendiam...
O começo ou a continuação de uma belíssima história de amor...




Faz algum tempo, não saberia dizer quanto, mas que não me sento com os meus velhos pergaminhos, penas e tintas, com minha velha máquina de escrever, com minha caneta tão cara para dizer-lhes dos contos que enfeitavam a minha mente.
Parei de escrevê-los e a questão é: Por quê?
Há um ano quase exatamente eu me sentava em minha escrivaninha, a luz do luar, ou observando uma bela tarde em Paris para descrever as intermináveis peripécias de minhas valentes heroínas românticas, seus belos amados e as temíveis e enciumadas vilãs que fariam de tudo para tentar arruinar o belo amor.
Ora, onde estão eles?
Não vou dizer-lhes que sumiram, que deletei-os, pois estaria mentindo. Mas nesses últimos dias sozinha com a minha imaginação eles me fizeram falta, e farei o possível para trazê-los de volta aos meus dias....
Acredito que o fato de eles estarem presentes todos os meus dias do ano de 2007 foi uma questão de desabafo. E sou lhes imensamente grata pois se não tivesse feito aqueles contos e histórias para camuflar ou demonstrar meus sentimentos talvez, a essa altura eu estivesse completamente louca e muda.
Foi um ano tenso onde muito acontecia e eu nada podia falar, mas os meus personagens, esses sim, falavam muito bonito por mim!
Agredeço a mim mesma e ao meu amor pela História pela permissão de ter transportado os meus contos as mais remotas épocas, sejam elas na Idade Média, Idade Moderna, História Antiga...
Um dos motivos de voltar a escrever meus contos é que preciso treinar minhas habilidades comunicativas, afinal se quiser ser uma boa jornalista devo começar a partir de agora!
Comprometo-me aqui em trazer de voltas meus emocionantes contos ( pelo menos para mim), mas dessa vez não por questão de desabafo, mas pelo simples e puro prazer de escrever...
Deixemos o "slogan" do outro blog de lado. Não será mais uma " Doce Terapia", mas sim, " Um Doce Prazer de Escrever..."

domingo, 21 de setembro de 2008

Simply Red - For Your Babies...♥

You've got that look again
The one I hoped I had when I was a lad
Your face is just beaming
Your smile got me boasting, my pulse roller-coastering
Anyway the four winds that blow
They're gonna send me sailing home to you
Or I'll fly with the force of a rainbow
The dream of gold will be waiting in your eyes
You know I'd do most anything you want
Hey I,
I try to give you everything you need
I can see that it gets to you
I don't believe in many things
But in you I do
Her faith is amazing
The pain that she goes through contained in the hope for you
Your whole world has changed
The years spent before seem more cloudy than blue
In many ways your baby's controlling
When you haven't laid down for days
For the poor no time to be thinking
They're too busy finding ways
You know I'd do most anything you want
Hey I,
I try to give you everything you need
I'll see that it gets to you
I don't believe in many things
But in you I do
You know I'd do most anything you want
Everyday I, I try to give you everything you need
We'll always be there for you
I don't believe in many things
But in you I do
[essamúsicaépravocê]

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Reminiscências a flor da pele


Talvez seja a explicação das respostas que eu tenho procurado...
Eu tinha meus joelhos sob o chão, meu corpo curvado, lágrimas nos meus olhos...
Pode parecer estranho, mas pra mim é perfeitamente normal me emocionar tanto com aquelas vozes que ecoam no deserto das minhas respostas não tão bem formuladas...
Fecho meus olhos, volto no tempo... Tudo é nítido e tão embaçado pra mim...
Aquelas flautas, seus tambores, as vozes, os olhos e as burcas...
É como se eu entendesse o que eles entoam com tanto amor e devoção...
Devoção... Seria essa a palavra?
Existe algo muito maior e belo, tão místico e escondido, mas que arranca lágrimas e soluços emocionados de mim...
Por quê? Como? Quero entender!!!
Mas às vezes eu penso que não é preciso entender...
Todos eles, aqueles que amo, eles se encaixam perfeitamente na minha história entre Pirâmides, Esfinges, Desertos, faraós, bailarinas, amores, sacerdotes, rainhas, dourado, azul, vermelho e branco....
Por que isso se esconde e se mostra?
Tira teu véu, me conta porque me deixa assim...
O que há de você em mim.... Sua dança, seus costumes, seu amor, o cheiro, as areias... Meu sangue, minha essência, meus primeiros passos na Terra dos Homens de Adão?
O que quer que seja, jamais permita que isso sublime do meu ser...
Isso é mágico, maravilhoso, misterioso, excitante.... Tão puro...
Obrigada Pai!

domingo, 10 de agosto de 2008

Salvem Meus Tímpanos!!!!


Piedade + Domingo + Show de dois cantores medonhos cantando sertanejo no "quintal da minha casa" ( Pátio do Divino) + Fantástico + saudade + ansiedade =







SOCORRROOOOOOOOO!!!!!!!!!!!





Hahahahahaha, Boa semana à todos!!!!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Olá Caros Leitores....
Aqui está uma "coisinha" que "roubei"( rsrsrs) do blog da Karina. Achei bem interessente, e vou postar aqui....
:D

Escolha uma banda favortita e responda apenas com os nomes das canções dessa banda.
Artista escolhido : Luis Miguel





1. Você é homem ou mulher? Alguien Como Tu
2. Descreva-se: Amante Del Amor
3. O que as pessoas acham de você? Adolescente Soñador
4. Descreva sua actual relação amorosa: Todo Amor Del Mundo
5. Onde queria estar agora? Contigo en La Distancia
6. O que pensa a respeito do amor? Entrega Total
7. Como é sua vida? Historia de Un Amor
8. O que pediria se pudesse ter apenas um desejo? Tu y yo
9. Escreva uma frase sábia: "nuestro amor también existe en el silencio, lo sentimos al mirarnos tú y yo"
10.Agora se despeça: Como? (hahaha)

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Artista Escolhido: Christina Aguilera


1. Você é homem ou mulher? A Woman
2. Descreva-se: Tan Emocional
3. O que as pessoas acham de você? Little Girl
4. Descreva seu último relacionamento amoroso: Walk Away
5. Descreva sua actual relação amorosa: My Destiny
6. Onde queria estar agora? The Island
7. O que pensa a respeito do amor? Love Is Only Love
8. Como é sua vida? Mi reflejo
9. O que pediria se pudesse ter apenas um desejo? Solo Tu Lado Quiero Vivir
10. Escreva uma frase sábia: "Quando não há mais ninguém,Olhe dentro de você mesmo Como seu mais antigo amigo,Apenas confie na voz de dentroAssim você encontrará sua força Que irá guiar seu caminhoSe você começar a aprender a confiar na voz de dentro"
11.Agora se despeça: Go Muthafucka ( hahahaha)

sexta-feira, 18 de julho de 2008


Booom dia meus caros leitores!

Eu estou particularmente muito animada e sorridente hoje, e gostaria de dividir com vocês a minha alegria! :D
Como alguns sabem, sou kardecista e espírita, e li um belíssimo texto agora a pouco, vou postá-lo aqui!
O texto aborda a influência espiritual por meio dos sonhos.
Quem de nós nunca sonhou com um ente que já seu foi, ou nunca teve uma espécie de "visão" em seus sonhos?
Peço, encarecidamente, para que abram suas mentes para o que vão ler agora, pois algumas pessoas não estão aptas ao tipo de linguagem e palavras que seguem no texto.
Sabemos que somos muito pequeninos diante da imensidão desse belíssimo e enigmático Universo, portanto, não cabe a nós julgarmos o que é absolutamente verdade ou mentira.
Tenham um dia cheio de luz e alegria!



O Caso "Vitor" - um exemplo de perseverança.



Eu participava de uma formatura de jovens que tinham concluído o curso de Mecânica de Precisão da Escola Senai. Eis que sobe ao palco um jovem, andando com dificuldade e com deformidade congênita nas mãos. Ao meu lado, Walter, o diretor da escola me disse que aquele era o jovem sobre o qual já havia me falado em outra ocasião. Lembrei-me da conversa sobre o rapaz, que se chamava Vitor, e que tentou uma vaga para a escola do Senai, bastante disputada, uma vez que a escola é pioneira nesse tipo de curso, com equipamentos sofisticados para treinamento, fruto de um convênio com a Suíça; além de ser um curso gratuito, tão logo concluam os estudos, os jovens têm emprego quase certo.
Vitor tinha sido aprovado com distinção num desses vestibulares, mas para se matricular o jovem precisava passar por um rigoroso exame médico, feito na própria escola. Dada a natureza do curso, o candidato deve ter as mãos perfeitas, de modo que o drama do rapaz é que tinha sido reprovado no exame médico.
Walter desconhecia o fato, uma vez que se tratava de um exame de rotina, até que sua secretária lhe disse que um pai desesperado desejava conversar com ele. Muito jovem para o cargo, o diretor da escola era muito humano e tratava a todos que o procuravam com dignidade e respeito. Assim, recebeu o pai de Vitor, quase aos prantos. Ele disse que eram pobres, mas trabalhadores, dignos e honestos, e pediu sua ajuda. Walter disse que estudaria o caso e que voltaria a entrar em contato com ele.
Mais do que depressa, já refeito da surpresa, tratou de se informar com os seus subordinados a respeito do Vitor. Ficou sabendo de toda a história e concluiu que, em face do regulamento, a decisão tomada fora correta. No entanto, ele não se conformou com a situação, e ficou o resto do dia tentando encontrar alguma saída. Voltou para casa extenuado, não conseguiu jantar direito, e foi para a cama ainda preocupado com o que poderia fazer para resolver aquele problema. Se admitisse a matrícula, estaria quebrando o regulamento e outros pais poderiam reclamar, correndo ainda o risco de ser punido pela direção. Por outro lado, se fosse mantida a decisão, poderia estar lançando Vitor num futuro sombrio, com sua única "culpa" ter sido nascer com a deformidade.
Vencido pelo cansaço, dormiu e sonhou. Ao acordar, lembrava-se nitidamente do sonho, com riqueza de detalhes. Ele tinha sonhado com Aleijadinho, o grande escultor mineiro. Aleijadinho, Antonio Francisco Lisboa (1730 – 1814), nascido em Vila Rica, atual Ouro Preto, é considerado o maior escultor do período barroco, e recebeu o apelido por volta dos quarenta anos, quando passou a andar com dificuldades devido à hanseníase, que deformou suas pernas e mãos. Mas suas melhores obras são exatamente do período após contrair a doença. No sonho, o que mais chamou a atenção de Walter foi ver as ferramentas amarradas no que restava das mãos do artista, e a grande dificuldade que ele tinha para trabalhar. Essa cena lhe foi mostrada várias vezes.
Walter acordou com uma decisão tomada e, chegando à escola, pediu que chamasse Vitor e seu pai para conversar. Disse-lhes, então, mesmo indo contra o regulamento da escola, resolvera dar-lhe uma chance. Vitor seria submetido a um teste e, se aprovado, poderia se matricular. Ele devia demonstrar que teria condições de acompanhar as aulas práticas, apesar de seu problema físico. Para Walter, o que importava era que tinha feito o que o seu coração mandava.
Com grande esforço e sacrifício sobre-humano, Vitor conseguiu passar pelo teste e concluiu o curso com mérito, tendo sido escolhido o orador da turma. Em seguida, já iria trabalhar numa indústria.
Anos depois, encontrei o Walter, que não era mais o diretor da escola, e o assunto Vitor surgiu em nossa conversa. Walter disse que ele subiu muito na vida, havia se formado engenheiro e ocupava um cargo de destaque numa indústria.
Imaginem se Walter tivesse seguido o regulamento ao pé da letra? O que teria sido de Vitor?
Será que os espíritos tiveram alguma participação ou influência nessa história?
A resposta, cabe a cada um encontrar...

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Um fato a comentar...rs

Três anos soa como pouco, mas são o suficiente para uma menina virar mulher. ( nem sempre)
Hoje me deparei com um fotolog meu, de 2005 aproximadamente, e querem saber? Eu ri muito!
Coisas que eu escrevia, Meu Deus, será que era eu mesma?
Prefiro não comentar muito.
Uma PiXoA Ki IScReVi aXiM, deve ser banida da face da terra. Pois é, eu escrevia assim. Hahahahaha.
Podem rir, eu deixo!
É pra rir mesmo.
Em três anos muitas coisas aconteceram. Encontrei pessoas que jamais imaginaria encontrar, amei, desamei, achava que amava. Mas não era bem assim.
Eu era bem menina naquele tempo, era inocente e tão bobinha. Sei que algo sobrou disso, são as memórias que eu levo. Hoje olho pra trás e agradeço a todos aqueles que pisaram em mim, que me fizeram sofrer naquela época. Muito obrigada.
Foi com essas pessoas que boa parte de mim entendeu que nem todos os momentos a vida será um eterno conto de fadas, e quando acham que estamos caídos, bom, é aí que me faço forte.
Algumas amizades daquele tempo prevalecem, outras, mais ou menos.
Os meus olhos podem ser os mesmos, mas hoje vejo as coisas com mais clareza e uma percepção adequada. E a cada ano é assim. Hoje, melhor que ontem, pior do que amanhã...
O tempo passa e a gente amadurece. Hoje eu agradeço por tudo que tenho, por tudo que Deus me deu. Pois se me deu é porque mereci.
Espero que daqui três anos eu possa ler as coisas que escrevi em 2008 e me ver de uma maneira melhor.
Realmente eu poderia deixar o link do fotolog aqui pra vocês, maaaaaass, eu me amo muito! hahahaha
Não dá mesmo! Tá foda o negócio lá! Hahahahaha
Por que eu não tiro do ar?
Ah, porque faz tanto tempo que esqueci a senha!!! Hahahaha!
Bom caros leitores, essa foi só pra descontrair...
Uma ótima sexta para vocês.

domingo, 22 de junho de 2008

O novo Buda


Olá caros leitores,


Como sabem, sou grande admiradora das religiões orientais e seus derivados. E um fato muito interessante e intrigante chamou-me a atenção: Um garoto de 15 anops, meditando a seis meses é tido como Buda.( foto acima)
É o que muitos afirmam, outros duvidam e todos querem provas. Sendo assim, decidi pesquisar algo para dividir com vocês minha curiosidade.
Seguem aqui, duas reportangens feitas sobre o Novo Buda. A primeira, extraída do site da Folha de São Paulo; a segunda de um site de fotos e noticias.

Espero que gostem...




Meditando há seis meses, menino é tido como novo Buda

NAVIN SINGH KHADKA da BBC Brasil, em Kathmandu



Um adolescente de 15 anos que estaria meditando há seis meses no sul do Nepal é considerado na região a nova encarnação de Buda.
Impressionados com o fenômeno, cientistas têm tentado estudar Ram Bahadur Bamjan sem atrapalhar a sua meditação.
Os amigos e parentes de Bamjan dizem que ele não bebe água há seis meses e que vai continuar assim por seis anos até receber a iluminação, como aconteceu com Buda em Lumbini, a 250 km do Nepal.
Siddartha Gautam, que posteriormente atingiu o Mahanirvana e se tornou Buda, nasceu em 560 A.C.


Visitantes


A façanha do adolescente se espalhou rapidamente e as pessoas da região da vila Ratanapuri começaram a ir ver Bamjan, que está sentado de pernas cruzadas, pose tradicional de Buda, embaixo de uma árvore peepal.
Os seus olhos estão fechados e quase totalmente cobertos pelo cabelo, que cresceu nos últimos meses. O corpo, firme, está envolvido por um xale claro.
A fotografia de Bamjan aparece com frequência nos jornais e as pessoas procuram se atualizar sobre o estado dele.
Muitos na sua região já o adoram como a reencarnação de Buda e adornam a árvore sob a qual ele medita e acendem incensos.
O maior movimento de pessoas gerou oportunidades econômicas.
"Quase 500 mil rúpias (US$ 7 mil) foram depositadas no banco por devotos", diz um alto funcionário do governo local, Prajapati Koirala. O valor não inclui as doações feitas no local.
A população da região criou uma comissão para assegurar que Bamjan tenha o ambiente certo para meditar e para gerenciar o fluxo de visitantes.
As pessoas querem saber principalmente se ele fica sentado na mesma pose e medita durante toda a noite, e se ele realmente não come nem bebe nada.
Algumas pessoas dizem que ele não come nada desde começou a meditação, outros dizem que no início ele tomava um líquido leitoso extraído das raízes da árvore.
A maioria dos seres humanos pode sobreviver sem comida por várias semanas, já que o corpo extrai energia dos estoques de gordura e proteína. Mas em média uma pessoa não resiste a mais de três a quatro dias sem água.


Comprovação científica


Os supostos poderes extraordinários de líderes religiosos são raramente submetidos a uma investigação científica, mas a cobrança por provas vem aumentando."Nós concordamos em conduzir um exame científico nele", afirmou Koirala.
Segundo ele, cientistas da Academia Real de Ciências e Tecnologia do Nepal estão a caminho de Ratanapuri para examinar o adolescente.
O desafio é fazer isso sem tocar Bamjan.
"Pelo menos os cientistas vão poder ver se ele medita a noite inteira ou não", disse Deekpal Chaudhary, que vende incensos aos visitantes.
A família de Bamjan diz que ele sempre foi diferente dos seus quatro irmãos. Ele não falava muito e mantinha-se sempre à distância.
A sua professora de colégio, Saiden Lama, disse que "ele nunca tocou álcool".
Ainda segundo a família e os amigos, Bamjan começou a meditar quando voltou de uma viagem a Lumbini, a cidade onde Buda nasceu, e monastérios de Pokhara, no Nepal, e Dehradun, na Índia.
O primo dele, Prem Lama, disse que Bamjan só falou algumas vezes desde que começou a meditar.
A primeira vez teria sido quando uma cobra o picou, há cerca de um mês.
O adolescente teria interpretado oincidente como um teste, que precisava superrar, disse o primo.
Ele já havia sido picado por uma cobra três meses depois de dar início à meditação.
Depois de ser picado, Bamjan teria pedido a ajudantes para pôr uma cortina em volta dele.
"Em menos de uma semana, ele pediu para nós tirarmos a cortina", disse Prem Lama.





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Milhares de peregrinos aglomeram-se na densa floresta do sul do Nepal para adorar um jovem de 15 anos que vem sendo considerado "o novo Buda".
Há seis meses, Ram Bonjom está jejuando, sentado em posição de lótus, meditando debaixo de uma árvore.
Testemunhas dizem que vêem uma luminosidade irradiando-se da fronte do adolescente. Sobre o este fenômeno, Tek Bahadur Lama, membro do comitê responsável pela organização das peregrinações comenta:"Parece um tanto com o brilho de uma tocha escondida que escapa pelas frestas dos dedos da mão.
"O fluxo de visitantes cresce rapidamente: Bonjom tornou-se uma celebridade no mundo espiritual da Índia e do Nepal.
O chefe do governo local, distrito de Bara, solicitou ajuda à capital, Kathmandu, preocupado com a assistência às multidões que se dirigem ao local.
Além disso, pediu uma equipe de cientistas para examinar o caso.
Os médicos que visitaram o menino não chegaram a uma conclusão definitiva, mesmo porque, não podem se aproximar de Bonjom mais que cinco jardas (cerca de 4,5 metros)entretanto todos confirmam que o rapaz está vivo.
O episódio tornou-se popular porque remete à vida do Buda Sakyamuni, o Buda histórico que nasceu a 257 quilômetros de Bara em uma época situada no ano 560 antes de Cristo.
Buda atingiu Iluminação depois de passar 49 dias sob uma figueira.
O jovem místico já ultrapassou, em muito, o tempo de meditação do Buda original com seus seis meses de devoção.
A mãe dele, chamada Maya Devi, como a mãe de Buda adimite que tem sofrido de ansiedade principalmente por causa do jejum prolongado do filho.
Conformada, ela diz: "Deus o levou à floresta e eu tenho fé de que Ele o alimentará. Ram emagreceu muito. Pela manhã, muito cedo, antes do sol aparecer, ele parece muito abatido, é como se não houvesse sangue nele mas ao nascer do sol ele começa emanar uma luz intensa".
O fervor dos devotos cresceu na segunda semana de novembro quando correu o rumor de que uma cobra havia mordido o jovem.
Uma tenda foi montada em torno dele. Depois de cinco dias a tenda foi retirada e Ram Bonjom falou:
"Digam às pessoas que não me chamem Buda. Eu não tenho a energia de Buda. Eu estou no nível 'rinpoche' (o que significa uma divindade inferior).
A cobra me mordeu mas não preciso de remédios. Preciso de seis anos de profunda meditação."
Apesar de seus protestos, o "Buddha boy" já é famoso. Fotógrafos estão cobrando cinco rúpias por uma imagem do santuário onde o rapaz está instalado.
Uma rede de comércio está se desenvolvendo no meio da selva.
Atendendo às demandas dos peregrinos, ambulantes comercializam cigarros, incensos, amuletos e consertos em bicicletas.
Algumas pessoas pagam duas mil e quinhentas rúpias, cerca de vinte libras, por um chá.
Uma cerca foi construída em volta da árvore a fim de proteger Bonjom contra os avanços dos visitantes. Dizem as "más línguas" que os lamas (monges) já estão construindo mansões financiadas pelo dinheiro arrecadado com os peregrinos.


Nepaltradução: Mahajah!ck





Uma lição para Chan...


"O reencontro de duas almas amantes é um motivo para reverenciarmos o Universo, fazendo um momento de silêncio." dizia o monge de olhos levemente puxados, em sua túnica vermelha, enquanto contemplava o horizonte das vastas montanhas do Himalaia.
Os discipulos permaneciam sentados e calados.
O monge respirou e disse.
" Imaginem... é como um bravo guerreiro, que vai a luta, deixando a mulher amada. Não sabe se volta vivo, ou se outros terão que trazer o seu corpo para a tristeza infinita de sua companheira. Mas quando todo ardor e todo sangue foi derramado, quando espadas não soam mas, cortando ventos e almas, o guerreiro retorna para a sua casa e lá está ela, transbordando amor pelos olhos."
" Como assim mestre? Como pode uma pessoa transbordar amor pelos olhos?"- perguntou um jovem discipulo que escutava atenciosamente cada entonação do mestre.
" Chan, quando o amor é demais, tão belo e imenso, que não sabe dentro do coração, e do peito, ele transborda pelos olhos, em forma de lágrimas."
Chan olhou parao mestre, olhou para as montanhas que o cercavam. Agora parecia afzer sentido. " Todos somos a totalidade de nosso Universo, cada estrela no céu, cada grãozinho de areia, cada pássaro, cada um de nós... Todos fazemos parte dessa imensa teia que nós liga e nos une, para a harmonia do Cosmos." - respirou e continuou- " Vivemos em harmonia com nossos irmãos, e cada encontro com eles é sagrado, é uma alegria para o nosso Grande Universo. Estar em paz com irmão é estar mais próximo de tudo que nos une.
Um casal que se reencontra depois de uma árdua luta, guarda dentro de si o que passou, por isso ama e valoriza cada momento com seu companheiro. Sabe de como dói a espada nos ombros e do quanto é benéfico o bálsamo de ervas para aliviar as chagas, sabe do frio em se dormir ao relento, sabe de como é abençoado o corpo do outro para nos completar e nos esquentar em noites gélidas. Nada que é sagrado é fácil demais.
Precisa-se de luta, de amor, de garra, de fé. Deve-se provar que se é digno de receber algo sagrado.
Vocês estão aqui hoje, e para sentirem a doce brisa, e observar essa belíssima paisagem, acordam cedo, saem empurrados pelos ventos, jejuam, oram e sobem esse longo caminho. Eu lhes pergunto: cansa não cansa? as pernas ficam doloridas a uma certa parte do caminho, não é?" Os discipulos assentiram com a cabeça.
" Pois então, agora parem e reflitam... Observem essa paisagem, observem as árvores, escutem os cantos dos pássaros, os sons da montanha, sintam a harmonia... Não vale a pena? Já valeu a pena! Isso é sagrado! Mas para chegar ao sagrado precisa-se subir um longo caminho... Não é fácil, mas o que é fácil nada nos vale, pois vai embora tão fácil como veio... O que vem com luta, suor, fé e amor... Isso é para toda a eternidade. Se somos dignos, então provemos..."
O monge levantou-se e viu que Chan tinha os olhos lacrimejados.
" O que foi Chan? Sente-se bem?"
" Sim mestre, mas amo muito esse lugar, amo o Universo e tudo que dele faz parte..."
" E porque tem os olhos marejados?"- disse o monge sentindo a resposta.
" Porque quando o amor é demais, transborda pelos olhos..."

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Monólogo das Mãos (brilhanteee!!!)

Para que servem as mãos?
As mãos servem para pedir, prometer, chamar, conceder, ameaçar, suplicar, exigir, acariciar, recusar, interrogar, admirar, confessar, calcular, comandar, injuriar, incitar, teimar, encorajar, acusar, condenar, absolver, perdoar, desprezar, desafiar, aplaudir, reger, benzer, humilhar, reconciliar, exaltar, construir, trabalhar, escrever......
As mãos de Maria Antonieta, ao receber o beijo de Mirabeau, salvou o trono da França e apagou a auréola do famoso revolucionário; Múcio Cévola queimou a mão que, por engano não matou Porcena; foi com as mãos que Jesus amparou Madalena; com as mãos David agitou a funda que matou Golias; as mãos dos Césares romanos decidiam a sorte dos gladiadores vencidos na arena; Pilatos lavou as mãos para limpar a consciência; os anti-semitas marcavam a porta dos judeus com as mãos vermelhas como signo de morte!
Foi com as mãos que Judas pôs ao pescoço o laço que os outros Judas não encontram. A mão serve para o herói empunhar a espada e o carrasco, a corda; o operário construir e o burguês destruir; o bom amparar e o justo punir; o amante acariciar e o ladrão roubar; o honesto trabalhar e o viciado jogar.
Com as mãos atira-se um beijo ou uma pedra, uma flor ou uma granada, uma esmola ou uma bomba! Com as mãos o agricultor semeia e o anarquista incendeia!
As mãos fazem os salva-vidas e os canhões; os remédios e os venenos; os bálsamos e os instrumentos de tortura, a arma que fere e o bisturi que salva.
Com as mãos tapamos os olhos para não ver, e com elas protegemos a vista para ver melhor.
Os olhos dos cegos são as mãos.
As mãos na agulheta do submarino levam o homem para o fundo como os peixes; no volante da aeronave atiram-nos para as alturas como os pássaros.
O autor do "Homo Rebus" lembra que a mão foi o primeiro prato para o alimento e o primeiro copo para a bebida; a primeira almofada para repousar a cabeça, a primeira arma e a primeira linguagem.
Esfregando dois ramos, conseguiram-se as chamas.
A mão aberta,acariciando, mostra a bondade; fechada e levantada mostra a força e o poder; empunha a espada a pena e a cruz!
Modela os mármores e os bronzes; da cor às telas e concretiza os sonhos do pensamento e da fantasia nas formas eternas da beleza.
Humilde e poderosa no trabalho, cria a riqueza; doce e piedosa nos afetos medica as chagas, conforta os aflitos e protege os fracos.
O aperto de duas mãos pode ser a mais sincera confissão de amor, o melhor pacto de amizade ou um juramento de felicidade. O noivo para casar-se pede a mão de sua amada; Jesus abençoava com a s mãos; as mães protegem os filhos cobrindo-lhes com as mãos as cabeças inocentes.
Nas despedidas, a gente parte, mas a mão fica, ainda por muito tempo agitando o lenço no ar. Com as mãos limpamos as nossas lágrimas e as lágrimas alheias.
E nos dois extremos da vida, quando abrimos os olhos para o mundo e quando os fechamos para sempre ainda as mãos prevalecem.
Quando nascemos, para nos levar a carícia do primeiro beijo, são as mãos maternas que nos seguram o corpo pequenino.
E no fim da vida, quando os olhos fecham e o coração pára, o corpo gela e os sentidos desaparecem, são as mãos, ainda brancas de cera que continuam na morte as funções da vida.
E as mãos dos amigos nos conduzem...
E as mãos dos coveiros nos enterram!

Nossa lei

Vem, que hoje você não vai mais trabalhar.
Desafoga esse nó que te enforca e te cai tão bem. Tira os sapatos, tá em casa. Não pense em mais nada.
Eu tô aqui.
Eu te faço uma sopa, enquanto você troca de roupa, cadê aquela de ficar em casa?
Hoje, não precisa bater cartão, nem buscar mais solução pros problemas de outra orbita.
Hoje não tem banco, não tem fila, não tem pressa.
Hoje, só a gente interessa.
Deitaqui, eu te faço um cafuné, você esquenta o meu pé, tudo fica assim tão bem.
Encosta tua cabeça no meu peito, é como voltar pra casa, estamos em casa.
Hoje a lei é nosso amor.

Breakaway...

Cresci numa pequena cidade
E quando a chuva caía
Eu apenas olhava pela janela
Sonhando com o que poderia acontecer
E se eu terminaria feliz
Eu rezaria


Tentando o máximo alcançar
Mas quando eu tentei falar
Senti como se ninguém pudesse me ouvir
Queria ficar aqui
Mas algo parecia estar tão errado aqui
Então eu rezei para que eu pudesse escapar


Eu abrirei minhas asas
E aprenderei a voar
Eu farei o que for necessário
Até tocar o céu
E farei um pedido, arriscarei, mudarei
e escaparei


Fora da escuridão
E dentro do sol
Mas eu não esquecerei as pessoas que amo
Correrei o risco, arriscarei, mudarei
e escaparei


Quero sentir a brisa quente
Dormir embaixo de uma palmeira
Sentir o agito do oceano
Subir num trem rápido
Viajar num jato
Para longe e escapar


Edifícios com centenas de andares
Passando por portas giratórias
Talvez eu não saiba para onde elas me levarão, mas
Tenho que continuar, continuar
Voar, escapar


Eu abrirei minhas asas
E aprenderei a voar
Apesar de não ser fácil
Te dizer adeus
Eu tenho que correr o risco, arriscar, mudar
e escapar


Fora da escuridão e dentro do sol
Mas não me esquecerei do lugar de onde eu vim
Eu tenho que correr o risco, arriscar, mudar
e escapar
Escapar
Não importao que as pessoas dizem.
E não importaquanto tempo vai levar.
Acredite em você mesmo
E você vai voar alto.
E só importa
quanto você é leal.
Seja leal com você mesmo.
E siga seu coração




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Nunca deixe que lhe digam
que não vale a pena acreditar
no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
QUEM ACREDITA SEMPRE ALCANÇA!
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That hurts the most....

domingo, 15 de junho de 2008

São assim, eternamente assim. É bonito de ver. Chega até a emocionar.
Eles são assim, a simplicidade de tomar uma soda no mesmo canudinho, a mensagem recebida de madrugada só pra lembra que se ama.
A música que eles sabem a letra toda, e sabem o porque sabem.
Os amigos que eles podem confiar, os lugares. E ela diz : esse lugar é o melhor pra se escrever crônicas, ele torna, cada tipo não é... olha aquela ali, deve ser uma mulher muito chata. E ela retruca, ela fala mais que eu.
Pequenas coisas, como um Buddha para enfeitar o novo apartamento que ainda não foi comprado, ou a mais nova caneca da coleção deles. Olha como é fofinha!
São assim, a recomendação para levar a bolachinha embora, " Vai, que pelo menos você come alguma coisa a tarde."
Ou, " Você está pálido, não comeu nada o dia todo, aposto!"
Preocupaçõezinhas, mensagensinhas, coisinhas que fazem a diferença.
Um bilhete na geladeira da imaginção dizendo

ps: eu te amo!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Eles eram meus amigos de infância, hoje são fumantes aos dezesseis anos, e nem isso ainda.
O livre arbítrio é realmente livre, mas as vezes eu queria que algum anjo pudesse intereceder de forma clara por eles. Mesmo assim, acho que eles não escutariam.
A pouco tempo atrás, brincávamos na caixinha de areia da escola, no parquinho, de Power Rangers, hoje eles chegam bêbados em casa todos os finais de semana.
Ontem nós ríamos de tudo, hoje eles me tratam com a agressividade e eu finjo que não os conheço.
Fui taxada de louca, tentei ajudar. Não consegui. Mas nem por isso me sinto impotente.
Pois eu oro para eles, e oração nunca cai no chão.
Não tenho muito a dizer, mas eu precisava dizer.
Eu queria mesmo que eles abrissem os olhos.
E eu espero sinceramente que não seja tarde demais...
Oremos...

terça-feira, 10 de junho de 2008

Hennas e terços

Tinha os pés pintados de henna e o coração desenhado de ternura. As mãos, tudo era celebração. Ela era diferente, tinha os olhos cor de esperança dizia uma velha muto sábia.
Brincava com as crianças, rodava numa ciranda pra esquecer a dor e todo o sofrimento no meio de ruínas e preces. A henna escondia os machucados de seus pés, pisados, maltratados.
Foi então que ela o achou, quase morto com o rosto todo queimado pelo forte sol daquele lugar.
Lavou-o, cuidou dele. Ele acordou e ensinou-a sobre Deus, e ela ensinou-o sobre o Amor. Foram perceber que falavam da mesma coisa.
No meio das tristezas e do calor, surgiu da centelha divina, voltou a tona todo sentimento de vidas inteiras.
Os manuscritos foram ameaças e ela disse que fugiria pra não estragar os sonhos dele. Não, fica comigo, és tudo pra mim. Ele disse seriamente.
Largou então suas vestes longas, seus terços e as sandálias de couro surrado,curou os pézinhos machucados dela e foram viver juntos o que chamaríamos de Amor Divino.

domingo, 25 de maio de 2008

Com as próprias mãos

Passeando pelos blogs da vida, idéias concentradas ao alcance no meu click, tantas coisas, tantas bobagens e nelas, grandes verdades.
A autora contava um caso e citava as mulheres marionetes da vida. Pobrezinhas!
Elas se dizem modernas, independentes e auto-suficientes, mas não são nada sem as cordinhas pendurada em suas cabeças, mãos e pés.
Na cabeça, para dizer-lhes como pensar, agir e as pobres coitadas acham que são suficientemente inteligentes e dotadas.
Nas mãos, para que não se arrisquem em estragar as unhas, para dizer onde pegar, onde não, para metê-las onde não foi chamado.
Nos pés, para guiá-las por onde bem entenderem, e elas acham que andam com as próprias pernas.
Mulheres que se dizem resolvidas mas vivem um pensamento de uma sociedade patriarcal.
Sejam elas guiadas por seus maridos, pais, mães, pseudo-amigas, chefes, filhos.
Elas não saberiam andar no escuro sem uma lanterna, que elas dizem não existir.
Eu lhes digo " Uni-vos mulheres pensantes, acordai para a vida!"
Pois a vida é muita curta para que deixem que os outros tomem suas rédeas.
Construam seus mundos, mas com as próprias mãos.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Sempre esteve

Ela está longe, mas está aqui. Sinto o perfume, e nos raios do sol vejo seus fios de cabelos louros visivelmente claros e belos. É minha amada.
Transporta-se para onde estou. E seus belos cílios compridos vem arando minha saudade. Parece que são de boneca, e ela os roça em meu rosto e brinca. Seus olhos verdes são uma explosão misteriosa, sem nenhum barulho e cheia de ruidos que me levam além.
Seus pés, admiravelmente belos, mesmo quando não tem esmalte nenhum. Parecem de uma princesa, eu sempre digo.
Na verdade ela é uma princesa, a minha. Unicamente.
Seja num dia frio, numa cafeteria, estou só. Mas se fecho os olhos ela vem, chega sorrindo, pega na minha mão " Vivemos um no outro, lembra?". Está aqui.
Na praia, eu vejo o pôr-do-sol, e mesmo a quilometros ela chega dançando, enrolada nos sete véus de amor e ternura, trazendo sua vida, amaranhada nos cabelos soltos.
E voa sem tirar os pés do chão, mas leva pra perto do céu...
É o mais perto do Paraíso que eu posso chegar...
Ela está aqui....
Sempre esteve...

quarta-feira, 21 de maio de 2008

O que a gente escreve...

É tão bonito ler o que a gente escreve depois de um certo tempo. É como congelar o tempo em cada vírgula, cada linha, cada verso. É como ver aquela foto do aniversário de cinco anos e sentir-se extasiada de tantas saudades. Dá uma alegria boa, mostra coisas boas.
A gente lembra como se sentia naquele dia, e o que queria que os outros sentissem ao ler. E de repente, a gente sente o que queria que eles sentissem. Mas são brincalhonas essas palavras.
A gente lembra do gosto de cada palavra, seja ela azeda, seja ela doce. Lembra de como os dedos eram suaves no teclado, ou de como eram agressivos e mortíferos.
Como é bonito ler o que a gente escreve. A gente gosta mesmo de escrever, a gente que é poeta, frustrado na vida porque não sabe usar as palavras pra falar de como é sublime o amor. E mesmo se soubesse, nunca seria o bastante.
A gente que é poeta, é pateta, sente dor num acento agudo, veja só! Numa vírgula fica ansiosa. Num ponto de interrogação: ai, que dúvida!
Dois pontos é como: então.
Ponto de exclamação já se exalta de alegria, ou...
E as reticências...
Ah.....
...

terça-feira, 20 de maio de 2008

A burca


É assim, escondida, reprimida.
Oculta. Não tem culpa. É a política.
Não.
É a cultura.
Tem lábios que não falam.
Um nariz que não se mostra aos odores da vida.
Suas orelhas ouvem tão pouco. O suficiente para saber, calar.
Ousar?
Não.
Seus olhos veem um mundo quadriculado. Um mosaico, que se desfaz o chegar em casa.
Calada. Resignada.
Respeita, aceita.
Se confunde no meio de tantas. Preto, azul marinho, azul.
Só as mãos, só essas são nuas, despidas. Pintadas em dia de se despir.
Casamento.
São panos. Não sufoca.
Acostumou-se. É assim.
Seu exílio, seu mundo. Debaixo de panos.
Sonha, inventa, encanta.
São muitas diferentes, mas o mesmo nome.
Educa, escuta. Não fala.
A burca.

sábado, 10 de maio de 2008

Sutileza...

Toda sutileza em seu andar, as mulheres a sua volta queriam morrer de inveja, mas nada ela podia fazer se sempre fora uma verdadeira Lady.
Sentou-se numa mesa, estava sozinha. As cadeiras estofadas e as louças finas eram dignas daquele ambiente. Haviam muitas pessoas no hotel, belas mulheres bem vestidas, mas nem todas tinham a classe que ela tinha.
Com muita delicadeza mexia com a colher dourada o seu café, outras mulheres ao lado estranhavam uma mulher tomar café assim, se fosse tão fina deveria tomar chá, disse uma invejando a bela cor dos cabelos meio-soltos que ela usava. Seus belos cílios destacavam o verde de seus olhos, que passeavam discretos pelo salão.
Logo um homem muito belo, de expressão alegre aproximou-se da mesa. Deu pra ver cada ponta de alegria no sorriso dela.
" Desculpe o atraso, minha bela."
Ela sorriu.
" Eu esperaria o dia todo de fosse necessário."
E passaram a tomar café juntos, palestrar animadamente sobre assuntos que metade das finas mulheres desconheciam.
O que ele seria dela, perguntou uma delas.
As outras observavam bem e repararam o anel que eles usavam. São noivos, disse uma outra.
Eles continuavam conversando e sorrindo, como se a inveja no ambiente fosse completamente desconhecida para eles.
" Olhe, hoje vamos ao Louvre mais uma vez , tudo bem? É que descobri uma coisa que você vai adorar!"
Ela sorriu.
" Tudo que vem de você me agrada." E tomando uma das mãos delas ele sorriu.
" Eu já disse que te amo hoje?"
" Acho que não, meu bem." Ela riu.
" Desleixado... Te amo sabia?"
" Agora eu sei! Te amo muito, e não repare agora mas acho que temos uma legião de fans!"
Eles riram animadamente. Depois de algum tempo, eles levantaram e sairam de braços dados e uma das mulheres presentes, reconhecendo a classe do casal sorriu conformada:
" A sutileza é sempre muito chique mesmo!"

domingo, 4 de maio de 2008

Sementes...

Estive observando atentamente os humanos, e minha última missão fez com que eu triplicasse minhas lentes de contatos para eles. Sim, porque se vocês acham que nós, anjos, ficamos o dia todo na boa, nas nuvens, olhando o céu e voando com as estrelas, muito vocês se enganam.
Nós somos estudiosos, nós também trabalhamos. Sim, trabalhamos com amor e devoção para a melhoria da Terra e das Camadas Espirituais, tanto as elevadas, como as nem tanto elevadas.
Pois bem, eu estava na biblioteca local até que um superior me pediu para que eu fizesse uma pesquisa sobre Onde Germinam as Sementes de Deus.
Fiquei muito feliz por essa nova oportunidade e foi com empenho que desci a Terra para iniciar minhas pesquisas.
Fui a um grande centro de aglomeração humana, a Cidade de São Paulo, e lá de cima de um semafóro, onde só as crianças puras e pequeninas podiam me observar. Fiquei lá, observando e foi com grande tristeza que eu vi a ausência de esperança e carinho no olhar de um garoto, que com suas roupinhas rasgadas e sujas, fazia malabarismo com bolas de tênis.
Olhei no seu íntimo, e vi a tristeza e a amargura de só ter um par de chinelos e uma pequena família carente, irmãos passando fome e um mundo fechado para ele.
Esse foi o primeiro de dez que eu vi em um dia.
Saindo dali, me puis a vagar pelas ruas, onde muitas pessoas apressadas tropeçavam em outras que não tinham a menor pressa, e estavam caídas nas ruas, esquecidas de sua identidade e do tempo presente.
Na frente de um prédio, pessoas jogavam garrafas e latas num carro, pedindo justiça pela menininha que fora jogada do sexto andar, e não teve nem como se defender das agressões cometidas.
Vaguei por grandes empresas onde imaginei achar lá a tal semente, pois onde há dinheiro deveria haver prosperidade. Mas só o que vi foram pessoas que poderiam até ter o pão "material", mas o pão espiritual lhes faltava tanto quanto a comida no prato de uma mãe, que abriu mão de sua fome para dar de comer aos cinco filhos.
Vi jovens se drogando, mulheres se vendendo e tão triste, me puis de joelhos e pedi
" Oh Meu Pai, o que esses homens fizeram de tuas sementes?"
Foi então que eu vi passar, um casal sorrindo, fazendo planos para o futuro, e mesmo diante de todas as dificuldades demonstravam imenso amor e alegria.
Animado, fui atrás deles e quando dobrei a esquina pude ver duas crianças rindo, e mesmo meltrapilhas cheias de esperanças de uma vida nova.
Observei dentro de uma igreja mulheres que se reuniam para fazer casaquinhos de lã para as crianças do orfanato próximo, e um homem de negócios que tirava duas horas de seu sábado para ensinar religião as crianças carentes.
Fui me animando e percebi que apesar de toda a amargura que há na Terra as Sementes do Pai Germinam com alegria!
Seja nos corações de um casal apaixonado, seja no olhar de um estudando que batalha para ser alguém melhor, nas mãos de uma mãe que acorda as quatro da manhã para varrer as ruas só para dar aos filhos um prato de comida, no abraço de um irmão que perdoa um pai, de uma mãe que recebe uma filha depois de tanto tempo.
As sementes germinam em projetos educacionais, em escolas, em bons políticos, cidadãos de bem, no olhar de uma criança.
Ainda há muito mais para se fazer germinar, e eu se fosse você faria de tudo para fazer germinar uma belíssima árvore no jardim da vida!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Bem vindos!

Caros Leitores, tenho o imenso prazer de apresentar-lhes meu blog novo.
O Seteaumaa, assim como muitos fatos, pessoas e coisas da minha vida, ficou para traz na minha linha do tempo. Ele me foi um grande companheiro mas agora está na hora de inovar...
Assim como perfumes e sensações boas e ruins, são os blogs, podem nos trazer belíssimas lembranças, mas também, lembranças horrorosas, que serão apagadas com o tempo.
O Seteaumaa continuará onde está, mas sem nenhuma postagem. Aos nostálgicos de plantão, sintam-se a vontade para lê-lo quando quiserem.
Mas enfim, chega de Seteaumaa.!
Esse novo blog trará para vocês uma nova versão de Gabriela, mas ainda sim como muitas coisas que vocês já conheciam.
Romantismo, sonhos, fantasias, histórias, contos e afins, sem deixar o jeito "Ela: Gabi" de ser.
Fico feliz por poder compartilhar com vocês esse novo blog, espero que agrade e se não agradar també, cada um com seus problemas! Hahahaha!
O Ela Gabi traz a originalidade e personalidade de Gabriela como poucos já conhecem e muitos nem imaginam.
O nome do blog significa singularidade, e unicamente o jeito Dela, Ela: Gabi, de viver...
Obrigada pelo carinho de todos e sejam muito bem vindos!