Tinha os pés pintados de henna e o coração desenhado de ternura. As mãos, tudo era celebração. Ela era diferente, tinha os olhos cor de esperança dizia uma velha muto sábia.
Brincava com as crianças, rodava numa ciranda pra esquecer a dor e todo o sofrimento no meio de ruínas e preces. A henna escondia os machucados de seus pés, pisados, maltratados.
Foi então que ela o achou, quase morto com o rosto todo queimado pelo forte sol daquele lugar.
Lavou-o, cuidou dele. Ele acordou e ensinou-a sobre Deus, e ela ensinou-o sobre o Amor. Foram perceber que falavam da mesma coisa.
No meio das tristezas e do calor, surgiu da centelha divina, voltou a tona todo sentimento de vidas inteiras.
Os manuscritos foram ameaças e ela disse que fugiria pra não estragar os sonhos dele. Não, fica comigo, és tudo pra mim. Ele disse seriamente.
Largou então suas vestes longas, seus terços e as sandálias de couro surrado,curou os pézinhos machucados dela e foram viver juntos o que chamaríamos de Amor Divino.
terça-feira, 10 de junho de 2008
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