domingo, 22 de junho de 2008

O novo Buda


Olá caros leitores,


Como sabem, sou grande admiradora das religiões orientais e seus derivados. E um fato muito interessante e intrigante chamou-me a atenção: Um garoto de 15 anops, meditando a seis meses é tido como Buda.( foto acima)
É o que muitos afirmam, outros duvidam e todos querem provas. Sendo assim, decidi pesquisar algo para dividir com vocês minha curiosidade.
Seguem aqui, duas reportangens feitas sobre o Novo Buda. A primeira, extraída do site da Folha de São Paulo; a segunda de um site de fotos e noticias.

Espero que gostem...




Meditando há seis meses, menino é tido como novo Buda

NAVIN SINGH KHADKA da BBC Brasil, em Kathmandu



Um adolescente de 15 anos que estaria meditando há seis meses no sul do Nepal é considerado na região a nova encarnação de Buda.
Impressionados com o fenômeno, cientistas têm tentado estudar Ram Bahadur Bamjan sem atrapalhar a sua meditação.
Os amigos e parentes de Bamjan dizem que ele não bebe água há seis meses e que vai continuar assim por seis anos até receber a iluminação, como aconteceu com Buda em Lumbini, a 250 km do Nepal.
Siddartha Gautam, que posteriormente atingiu o Mahanirvana e se tornou Buda, nasceu em 560 A.C.


Visitantes


A façanha do adolescente se espalhou rapidamente e as pessoas da região da vila Ratanapuri começaram a ir ver Bamjan, que está sentado de pernas cruzadas, pose tradicional de Buda, embaixo de uma árvore peepal.
Os seus olhos estão fechados e quase totalmente cobertos pelo cabelo, que cresceu nos últimos meses. O corpo, firme, está envolvido por um xale claro.
A fotografia de Bamjan aparece com frequência nos jornais e as pessoas procuram se atualizar sobre o estado dele.
Muitos na sua região já o adoram como a reencarnação de Buda e adornam a árvore sob a qual ele medita e acendem incensos.
O maior movimento de pessoas gerou oportunidades econômicas.
"Quase 500 mil rúpias (US$ 7 mil) foram depositadas no banco por devotos", diz um alto funcionário do governo local, Prajapati Koirala. O valor não inclui as doações feitas no local.
A população da região criou uma comissão para assegurar que Bamjan tenha o ambiente certo para meditar e para gerenciar o fluxo de visitantes.
As pessoas querem saber principalmente se ele fica sentado na mesma pose e medita durante toda a noite, e se ele realmente não come nem bebe nada.
Algumas pessoas dizem que ele não come nada desde começou a meditação, outros dizem que no início ele tomava um líquido leitoso extraído das raízes da árvore.
A maioria dos seres humanos pode sobreviver sem comida por várias semanas, já que o corpo extrai energia dos estoques de gordura e proteína. Mas em média uma pessoa não resiste a mais de três a quatro dias sem água.


Comprovação científica


Os supostos poderes extraordinários de líderes religiosos são raramente submetidos a uma investigação científica, mas a cobrança por provas vem aumentando."Nós concordamos em conduzir um exame científico nele", afirmou Koirala.
Segundo ele, cientistas da Academia Real de Ciências e Tecnologia do Nepal estão a caminho de Ratanapuri para examinar o adolescente.
O desafio é fazer isso sem tocar Bamjan.
"Pelo menos os cientistas vão poder ver se ele medita a noite inteira ou não", disse Deekpal Chaudhary, que vende incensos aos visitantes.
A família de Bamjan diz que ele sempre foi diferente dos seus quatro irmãos. Ele não falava muito e mantinha-se sempre à distância.
A sua professora de colégio, Saiden Lama, disse que "ele nunca tocou álcool".
Ainda segundo a família e os amigos, Bamjan começou a meditar quando voltou de uma viagem a Lumbini, a cidade onde Buda nasceu, e monastérios de Pokhara, no Nepal, e Dehradun, na Índia.
O primo dele, Prem Lama, disse que Bamjan só falou algumas vezes desde que começou a meditar.
A primeira vez teria sido quando uma cobra o picou, há cerca de um mês.
O adolescente teria interpretado oincidente como um teste, que precisava superrar, disse o primo.
Ele já havia sido picado por uma cobra três meses depois de dar início à meditação.
Depois de ser picado, Bamjan teria pedido a ajudantes para pôr uma cortina em volta dele.
"Em menos de uma semana, ele pediu para nós tirarmos a cortina", disse Prem Lama.





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Milhares de peregrinos aglomeram-se na densa floresta do sul do Nepal para adorar um jovem de 15 anos que vem sendo considerado "o novo Buda".
Há seis meses, Ram Bonjom está jejuando, sentado em posição de lótus, meditando debaixo de uma árvore.
Testemunhas dizem que vêem uma luminosidade irradiando-se da fronte do adolescente. Sobre o este fenômeno, Tek Bahadur Lama, membro do comitê responsável pela organização das peregrinações comenta:"Parece um tanto com o brilho de uma tocha escondida que escapa pelas frestas dos dedos da mão.
"O fluxo de visitantes cresce rapidamente: Bonjom tornou-se uma celebridade no mundo espiritual da Índia e do Nepal.
O chefe do governo local, distrito de Bara, solicitou ajuda à capital, Kathmandu, preocupado com a assistência às multidões que se dirigem ao local.
Além disso, pediu uma equipe de cientistas para examinar o caso.
Os médicos que visitaram o menino não chegaram a uma conclusão definitiva, mesmo porque, não podem se aproximar de Bonjom mais que cinco jardas (cerca de 4,5 metros)entretanto todos confirmam que o rapaz está vivo.
O episódio tornou-se popular porque remete à vida do Buda Sakyamuni, o Buda histórico que nasceu a 257 quilômetros de Bara em uma época situada no ano 560 antes de Cristo.
Buda atingiu Iluminação depois de passar 49 dias sob uma figueira.
O jovem místico já ultrapassou, em muito, o tempo de meditação do Buda original com seus seis meses de devoção.
A mãe dele, chamada Maya Devi, como a mãe de Buda adimite que tem sofrido de ansiedade principalmente por causa do jejum prolongado do filho.
Conformada, ela diz: "Deus o levou à floresta e eu tenho fé de que Ele o alimentará. Ram emagreceu muito. Pela manhã, muito cedo, antes do sol aparecer, ele parece muito abatido, é como se não houvesse sangue nele mas ao nascer do sol ele começa emanar uma luz intensa".
O fervor dos devotos cresceu na segunda semana de novembro quando correu o rumor de que uma cobra havia mordido o jovem.
Uma tenda foi montada em torno dele. Depois de cinco dias a tenda foi retirada e Ram Bonjom falou:
"Digam às pessoas que não me chamem Buda. Eu não tenho a energia de Buda. Eu estou no nível 'rinpoche' (o que significa uma divindade inferior).
A cobra me mordeu mas não preciso de remédios. Preciso de seis anos de profunda meditação."
Apesar de seus protestos, o "Buddha boy" já é famoso. Fotógrafos estão cobrando cinco rúpias por uma imagem do santuário onde o rapaz está instalado.
Uma rede de comércio está se desenvolvendo no meio da selva.
Atendendo às demandas dos peregrinos, ambulantes comercializam cigarros, incensos, amuletos e consertos em bicicletas.
Algumas pessoas pagam duas mil e quinhentas rúpias, cerca de vinte libras, por um chá.
Uma cerca foi construída em volta da árvore a fim de proteger Bonjom contra os avanços dos visitantes. Dizem as "más línguas" que os lamas (monges) já estão construindo mansões financiadas pelo dinheiro arrecadado com os peregrinos.


Nepaltradução: Mahajah!ck





Uma lição para Chan...


"O reencontro de duas almas amantes é um motivo para reverenciarmos o Universo, fazendo um momento de silêncio." dizia o monge de olhos levemente puxados, em sua túnica vermelha, enquanto contemplava o horizonte das vastas montanhas do Himalaia.
Os discipulos permaneciam sentados e calados.
O monge respirou e disse.
" Imaginem... é como um bravo guerreiro, que vai a luta, deixando a mulher amada. Não sabe se volta vivo, ou se outros terão que trazer o seu corpo para a tristeza infinita de sua companheira. Mas quando todo ardor e todo sangue foi derramado, quando espadas não soam mas, cortando ventos e almas, o guerreiro retorna para a sua casa e lá está ela, transbordando amor pelos olhos."
" Como assim mestre? Como pode uma pessoa transbordar amor pelos olhos?"- perguntou um jovem discipulo que escutava atenciosamente cada entonação do mestre.
" Chan, quando o amor é demais, tão belo e imenso, que não sabe dentro do coração, e do peito, ele transborda pelos olhos, em forma de lágrimas."
Chan olhou parao mestre, olhou para as montanhas que o cercavam. Agora parecia afzer sentido. " Todos somos a totalidade de nosso Universo, cada estrela no céu, cada grãozinho de areia, cada pássaro, cada um de nós... Todos fazemos parte dessa imensa teia que nós liga e nos une, para a harmonia do Cosmos." - respirou e continuou- " Vivemos em harmonia com nossos irmãos, e cada encontro com eles é sagrado, é uma alegria para o nosso Grande Universo. Estar em paz com irmão é estar mais próximo de tudo que nos une.
Um casal que se reencontra depois de uma árdua luta, guarda dentro de si o que passou, por isso ama e valoriza cada momento com seu companheiro. Sabe de como dói a espada nos ombros e do quanto é benéfico o bálsamo de ervas para aliviar as chagas, sabe do frio em se dormir ao relento, sabe de como é abençoado o corpo do outro para nos completar e nos esquentar em noites gélidas. Nada que é sagrado é fácil demais.
Precisa-se de luta, de amor, de garra, de fé. Deve-se provar que se é digno de receber algo sagrado.
Vocês estão aqui hoje, e para sentirem a doce brisa, e observar essa belíssima paisagem, acordam cedo, saem empurrados pelos ventos, jejuam, oram e sobem esse longo caminho. Eu lhes pergunto: cansa não cansa? as pernas ficam doloridas a uma certa parte do caminho, não é?" Os discipulos assentiram com a cabeça.
" Pois então, agora parem e reflitam... Observem essa paisagem, observem as árvores, escutem os cantos dos pássaros, os sons da montanha, sintam a harmonia... Não vale a pena? Já valeu a pena! Isso é sagrado! Mas para chegar ao sagrado precisa-se subir um longo caminho... Não é fácil, mas o que é fácil nada nos vale, pois vai embora tão fácil como veio... O que vem com luta, suor, fé e amor... Isso é para toda a eternidade. Se somos dignos, então provemos..."
O monge levantou-se e viu que Chan tinha os olhos lacrimejados.
" O que foi Chan? Sente-se bem?"
" Sim mestre, mas amo muito esse lugar, amo o Universo e tudo que dele faz parte..."
" E porque tem os olhos marejados?"- disse o monge sentindo a resposta.
" Porque quando o amor é demais, transborda pelos olhos..."

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Monólogo das Mãos (brilhanteee!!!)

Para que servem as mãos?
As mãos servem para pedir, prometer, chamar, conceder, ameaçar, suplicar, exigir, acariciar, recusar, interrogar, admirar, confessar, calcular, comandar, injuriar, incitar, teimar, encorajar, acusar, condenar, absolver, perdoar, desprezar, desafiar, aplaudir, reger, benzer, humilhar, reconciliar, exaltar, construir, trabalhar, escrever......
As mãos de Maria Antonieta, ao receber o beijo de Mirabeau, salvou o trono da França e apagou a auréola do famoso revolucionário; Múcio Cévola queimou a mão que, por engano não matou Porcena; foi com as mãos que Jesus amparou Madalena; com as mãos David agitou a funda que matou Golias; as mãos dos Césares romanos decidiam a sorte dos gladiadores vencidos na arena; Pilatos lavou as mãos para limpar a consciência; os anti-semitas marcavam a porta dos judeus com as mãos vermelhas como signo de morte!
Foi com as mãos que Judas pôs ao pescoço o laço que os outros Judas não encontram. A mão serve para o herói empunhar a espada e o carrasco, a corda; o operário construir e o burguês destruir; o bom amparar e o justo punir; o amante acariciar e o ladrão roubar; o honesto trabalhar e o viciado jogar.
Com as mãos atira-se um beijo ou uma pedra, uma flor ou uma granada, uma esmola ou uma bomba! Com as mãos o agricultor semeia e o anarquista incendeia!
As mãos fazem os salva-vidas e os canhões; os remédios e os venenos; os bálsamos e os instrumentos de tortura, a arma que fere e o bisturi que salva.
Com as mãos tapamos os olhos para não ver, e com elas protegemos a vista para ver melhor.
Os olhos dos cegos são as mãos.
As mãos na agulheta do submarino levam o homem para o fundo como os peixes; no volante da aeronave atiram-nos para as alturas como os pássaros.
O autor do "Homo Rebus" lembra que a mão foi o primeiro prato para o alimento e o primeiro copo para a bebida; a primeira almofada para repousar a cabeça, a primeira arma e a primeira linguagem.
Esfregando dois ramos, conseguiram-se as chamas.
A mão aberta,acariciando, mostra a bondade; fechada e levantada mostra a força e o poder; empunha a espada a pena e a cruz!
Modela os mármores e os bronzes; da cor às telas e concretiza os sonhos do pensamento e da fantasia nas formas eternas da beleza.
Humilde e poderosa no trabalho, cria a riqueza; doce e piedosa nos afetos medica as chagas, conforta os aflitos e protege os fracos.
O aperto de duas mãos pode ser a mais sincera confissão de amor, o melhor pacto de amizade ou um juramento de felicidade. O noivo para casar-se pede a mão de sua amada; Jesus abençoava com a s mãos; as mães protegem os filhos cobrindo-lhes com as mãos as cabeças inocentes.
Nas despedidas, a gente parte, mas a mão fica, ainda por muito tempo agitando o lenço no ar. Com as mãos limpamos as nossas lágrimas e as lágrimas alheias.
E nos dois extremos da vida, quando abrimos os olhos para o mundo e quando os fechamos para sempre ainda as mãos prevalecem.
Quando nascemos, para nos levar a carícia do primeiro beijo, são as mãos maternas que nos seguram o corpo pequenino.
E no fim da vida, quando os olhos fecham e o coração pára, o corpo gela e os sentidos desaparecem, são as mãos, ainda brancas de cera que continuam na morte as funções da vida.
E as mãos dos amigos nos conduzem...
E as mãos dos coveiros nos enterram!

Nossa lei

Vem, que hoje você não vai mais trabalhar.
Desafoga esse nó que te enforca e te cai tão bem. Tira os sapatos, tá em casa. Não pense em mais nada.
Eu tô aqui.
Eu te faço uma sopa, enquanto você troca de roupa, cadê aquela de ficar em casa?
Hoje, não precisa bater cartão, nem buscar mais solução pros problemas de outra orbita.
Hoje não tem banco, não tem fila, não tem pressa.
Hoje, só a gente interessa.
Deitaqui, eu te faço um cafuné, você esquenta o meu pé, tudo fica assim tão bem.
Encosta tua cabeça no meu peito, é como voltar pra casa, estamos em casa.
Hoje a lei é nosso amor.

Breakaway...

Cresci numa pequena cidade
E quando a chuva caía
Eu apenas olhava pela janela
Sonhando com o que poderia acontecer
E se eu terminaria feliz
Eu rezaria


Tentando o máximo alcançar
Mas quando eu tentei falar
Senti como se ninguém pudesse me ouvir
Queria ficar aqui
Mas algo parecia estar tão errado aqui
Então eu rezei para que eu pudesse escapar


Eu abrirei minhas asas
E aprenderei a voar
Eu farei o que for necessário
Até tocar o céu
E farei um pedido, arriscarei, mudarei
e escaparei


Fora da escuridão
E dentro do sol
Mas eu não esquecerei as pessoas que amo
Correrei o risco, arriscarei, mudarei
e escaparei


Quero sentir a brisa quente
Dormir embaixo de uma palmeira
Sentir o agito do oceano
Subir num trem rápido
Viajar num jato
Para longe e escapar


Edifícios com centenas de andares
Passando por portas giratórias
Talvez eu não saiba para onde elas me levarão, mas
Tenho que continuar, continuar
Voar, escapar


Eu abrirei minhas asas
E aprenderei a voar
Apesar de não ser fácil
Te dizer adeus
Eu tenho que correr o risco, arriscar, mudar
e escapar


Fora da escuridão e dentro do sol
Mas não me esquecerei do lugar de onde eu vim
Eu tenho que correr o risco, arriscar, mudar
e escapar
Escapar
Não importao que as pessoas dizem.
E não importaquanto tempo vai levar.
Acredite em você mesmo
E você vai voar alto.
E só importa
quanto você é leal.
Seja leal com você mesmo.
E siga seu coração




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Nunca deixe que lhe digam
que não vale a pena acreditar
no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
QUEM ACREDITA SEMPRE ALCANÇA!
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That hurts the most....

domingo, 15 de junho de 2008

São assim, eternamente assim. É bonito de ver. Chega até a emocionar.
Eles são assim, a simplicidade de tomar uma soda no mesmo canudinho, a mensagem recebida de madrugada só pra lembra que se ama.
A música que eles sabem a letra toda, e sabem o porque sabem.
Os amigos que eles podem confiar, os lugares. E ela diz : esse lugar é o melhor pra se escrever crônicas, ele torna, cada tipo não é... olha aquela ali, deve ser uma mulher muito chata. E ela retruca, ela fala mais que eu.
Pequenas coisas, como um Buddha para enfeitar o novo apartamento que ainda não foi comprado, ou a mais nova caneca da coleção deles. Olha como é fofinha!
São assim, a recomendação para levar a bolachinha embora, " Vai, que pelo menos você come alguma coisa a tarde."
Ou, " Você está pálido, não comeu nada o dia todo, aposto!"
Preocupaçõezinhas, mensagensinhas, coisinhas que fazem a diferença.
Um bilhete na geladeira da imaginção dizendo

ps: eu te amo!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Eles eram meus amigos de infância, hoje são fumantes aos dezesseis anos, e nem isso ainda.
O livre arbítrio é realmente livre, mas as vezes eu queria que algum anjo pudesse intereceder de forma clara por eles. Mesmo assim, acho que eles não escutariam.
A pouco tempo atrás, brincávamos na caixinha de areia da escola, no parquinho, de Power Rangers, hoje eles chegam bêbados em casa todos os finais de semana.
Ontem nós ríamos de tudo, hoje eles me tratam com a agressividade e eu finjo que não os conheço.
Fui taxada de louca, tentei ajudar. Não consegui. Mas nem por isso me sinto impotente.
Pois eu oro para eles, e oração nunca cai no chão.
Não tenho muito a dizer, mas eu precisava dizer.
Eu queria mesmo que eles abrissem os olhos.
E eu espero sinceramente que não seja tarde demais...
Oremos...

terça-feira, 10 de junho de 2008

Hennas e terços

Tinha os pés pintados de henna e o coração desenhado de ternura. As mãos, tudo era celebração. Ela era diferente, tinha os olhos cor de esperança dizia uma velha muto sábia.
Brincava com as crianças, rodava numa ciranda pra esquecer a dor e todo o sofrimento no meio de ruínas e preces. A henna escondia os machucados de seus pés, pisados, maltratados.
Foi então que ela o achou, quase morto com o rosto todo queimado pelo forte sol daquele lugar.
Lavou-o, cuidou dele. Ele acordou e ensinou-a sobre Deus, e ela ensinou-o sobre o Amor. Foram perceber que falavam da mesma coisa.
No meio das tristezas e do calor, surgiu da centelha divina, voltou a tona todo sentimento de vidas inteiras.
Os manuscritos foram ameaças e ela disse que fugiria pra não estragar os sonhos dele. Não, fica comigo, és tudo pra mim. Ele disse seriamente.
Largou então suas vestes longas, seus terços e as sandálias de couro surrado,curou os pézinhos machucados dela e foram viver juntos o que chamaríamos de Amor Divino.