"O reencontro de duas almas amantes é um motivo para reverenciarmos o Universo, fazendo um momento de silêncio." dizia o monge de olhos levemente puxados, em sua túnica vermelha, enquanto contemplava o horizonte das vastas montanhas do Himalaia.
Os discipulos permaneciam sentados e calados.
O monge respirou e disse.
" Imaginem... é como um bravo guerreiro, que vai a luta, deixando a mulher amada. Não sabe se volta vivo, ou se outros terão que trazer o seu corpo para a tristeza infinita de sua companheira. Mas quando todo ardor e todo sangue foi derramado, quando espadas não soam mas, cortando ventos e almas, o guerreiro retorna para a sua casa e lá está ela, transbordando amor pelos olhos."
" Como assim mestre? Como pode uma pessoa transbordar amor pelos olhos?"- perguntou um jovem discipulo que escutava atenciosamente cada entonação do mestre.
" Chan, quando o amor é demais, tão belo e imenso, que não sabe dentro do coração, e do peito, ele transborda pelos olhos, em forma de lágrimas."
Chan olhou parao mestre, olhou para as montanhas que o cercavam. Agora parecia afzer sentido. " Todos somos a totalidade de nosso Universo, cada estrela no céu, cada grãozinho de areia, cada pássaro, cada um de nós... Todos fazemos parte dessa imensa teia que nós liga e nos une, para a harmonia do Cosmos." - respirou e continuou- " Vivemos em harmonia com nossos irmãos, e cada encontro com eles é sagrado, é uma alegria para o nosso Grande Universo. Estar em paz com irmão é estar mais próximo de tudo que nos une.
Um casal que se reencontra depois de uma árdua luta, guarda dentro de si o que passou, por isso ama e valoriza cada momento com seu companheiro. Sabe de como dói a espada nos ombros e do quanto é benéfico o bálsamo de ervas para aliviar as chagas, sabe do frio em se dormir ao relento, sabe de como é abençoado o corpo do outro para nos completar e nos esquentar em noites gélidas. Nada que é sagrado é fácil demais.
Precisa-se de luta, de amor, de garra, de fé. Deve-se provar que se é digno de receber algo sagrado.
Vocês estão aqui hoje, e para sentirem a doce brisa, e observar essa belíssima paisagem, acordam cedo, saem empurrados pelos ventos, jejuam, oram e sobem esse longo caminho. Eu lhes pergunto: cansa não cansa? as pernas ficam doloridas a uma certa parte do caminho, não é?" Os discipulos assentiram com a cabeça.
" Pois então, agora parem e reflitam... Observem essa paisagem, observem as árvores, escutem os cantos dos pássaros, os sons da montanha, sintam a harmonia... Não vale a pena? Já valeu a pena! Isso é sagrado! Mas para chegar ao sagrado precisa-se subir um longo caminho... Não é fácil, mas o que é fácil nada nos vale, pois vai embora tão fácil como veio... O que vem com luta, suor, fé e amor... Isso é para toda a eternidade. Se somos dignos, então provemos..."
O monge levantou-se e viu que Chan tinha os olhos lacrimejados.
" O que foi Chan? Sente-se bem?"
" Sim mestre, mas amo muito esse lugar, amo o Universo e tudo que dele faz parte..."
" E porque tem os olhos marejados?"- disse o monge sentindo a resposta.
" Porque quando o amor é demais, transborda pelos olhos..."
Os discipulos permaneciam sentados e calados.
O monge respirou e disse.
" Imaginem... é como um bravo guerreiro, que vai a luta, deixando a mulher amada. Não sabe se volta vivo, ou se outros terão que trazer o seu corpo para a tristeza infinita de sua companheira. Mas quando todo ardor e todo sangue foi derramado, quando espadas não soam mas, cortando ventos e almas, o guerreiro retorna para a sua casa e lá está ela, transbordando amor pelos olhos."
" Como assim mestre? Como pode uma pessoa transbordar amor pelos olhos?"- perguntou um jovem discipulo que escutava atenciosamente cada entonação do mestre.
" Chan, quando o amor é demais, tão belo e imenso, que não sabe dentro do coração, e do peito, ele transborda pelos olhos, em forma de lágrimas."
Chan olhou parao mestre, olhou para as montanhas que o cercavam. Agora parecia afzer sentido. " Todos somos a totalidade de nosso Universo, cada estrela no céu, cada grãozinho de areia, cada pássaro, cada um de nós... Todos fazemos parte dessa imensa teia que nós liga e nos une, para a harmonia do Cosmos." - respirou e continuou- " Vivemos em harmonia com nossos irmãos, e cada encontro com eles é sagrado, é uma alegria para o nosso Grande Universo. Estar em paz com irmão é estar mais próximo de tudo que nos une.
Um casal que se reencontra depois de uma árdua luta, guarda dentro de si o que passou, por isso ama e valoriza cada momento com seu companheiro. Sabe de como dói a espada nos ombros e do quanto é benéfico o bálsamo de ervas para aliviar as chagas, sabe do frio em se dormir ao relento, sabe de como é abençoado o corpo do outro para nos completar e nos esquentar em noites gélidas. Nada que é sagrado é fácil demais.
Precisa-se de luta, de amor, de garra, de fé. Deve-se provar que se é digno de receber algo sagrado.
Vocês estão aqui hoje, e para sentirem a doce brisa, e observar essa belíssima paisagem, acordam cedo, saem empurrados pelos ventos, jejuam, oram e sobem esse longo caminho. Eu lhes pergunto: cansa não cansa? as pernas ficam doloridas a uma certa parte do caminho, não é?" Os discipulos assentiram com a cabeça.
" Pois então, agora parem e reflitam... Observem essa paisagem, observem as árvores, escutem os cantos dos pássaros, os sons da montanha, sintam a harmonia... Não vale a pena? Já valeu a pena! Isso é sagrado! Mas para chegar ao sagrado precisa-se subir um longo caminho... Não é fácil, mas o que é fácil nada nos vale, pois vai embora tão fácil como veio... O que vem com luta, suor, fé e amor... Isso é para toda a eternidade. Se somos dignos, então provemos..."
O monge levantou-se e viu que Chan tinha os olhos lacrimejados.
" O que foi Chan? Sente-se bem?"
" Sim mestre, mas amo muito esse lugar, amo o Universo e tudo que dele faz parte..."
" E porque tem os olhos marejados?"- disse o monge sentindo a resposta.
" Porque quando o amor é demais, transborda pelos olhos..."
Nenhum comentário:
Postar um comentário