terça-feira, 31 de março de 2009

A Princesa da Torre

"Dessa torre tão alta, onde parece que posso alcançar as estrelas, peço que elas possam iluminar o seu caminho. Peço que elas te guiem, cada vez que você se perder. Peço que elas te protejam cada vez que você sentir medo.
Peço para que elas façam tudo que eu não posso fazer.
Ver o amanhcer dessa torre é tão belo. Mas deixa tudo tão mais triste. Por que você não está aqui para ver o sol em seu espetáculo mais belo?
Cada pássaro que aqui pousa, cada borboleta que por aqui passa eu peço:
" Ei por favor, leve o meu beijo ao meu amor! Diga ele que estou aqui, mas que um dia eu estarei lá! Por favor, volte para dizer como ele está!"
E passo noites agoniando, sonhando, esperando para que qualquer um deles possa me trazer uma notícia sua.
E nada.
Às vezes me pergunto se isso me faz bem...
Mas é só lembrar do seu sorriso, das estrelas, das nossas canções e dos anjos. E minha alma se inunda de amor e lágrimas.
Eu peço ao vento que leve a você as minhas palavras de amor.
Peço a noite para que passe logo e me traga o Sol, para emudecer o meu pranto e trazer sua luz divina.
Oh Senhor, por que me provas assim?
Lá no âmago eu sei tudo que fiz para merecer esse destino, mas me dê uma chance...
Todas as princesas são felizes... e eu?
O que será de mim? Para sempre nesse torre, onde a luz do sol mal pode chegar?
Nada me resta. Apenas o amor, os pergaminhos, tinta e minha pena. Passo noites em claro, a luz de uma vela, escrevendo cartas que jamais saírão daqui. As palavras são o meu único consolo.
Sei que existe um dragão que me prende aqui, e esse maldito dragão chama-se tempo.
Mas bem sei também que no dia em que me libertarei, será esse mesmo dragão que me levará para além do Continente!
Não me resta muito a não ser beber da fonte da paciência e da resignação
Meu amor e minha fé vão me alimentar até o dia prometido...
Ao meu bravo guerreiro eu deixo essas palavras, lembrando que em cada Rosário que eu fizer, você estará presente. E cada suspiro seu, eu estarei te observando e te amando."

segunda-feira, 30 de março de 2009

1, 2, 3 e ...

Eu estou aqui parada, diante de você. Olhando você sorrir pra mim. E continuo parada, sem conseguir esboçar nenhuma reação que te convença o quão feliz eu me sinto.
Não que eu tenha dificuldades pra expressar sentimentos, aliás isso sempre foi muito fácil, ou pareceu muito fácil pra mim. Mas agora, depois de todos esses anos...
Nós estamos diferentes, e já existem linhas de expressões no seu rosto que eu não conhecia antes. Meus cabelos continuam os mesmos como você pode ver, nem meu corte eu mudei.
Você está diferente em certos aspectos, mas posso dizer que mesmo se você estivesse com a face distorcida, e sorrindo, eu te reconheceria em qualquer parte do mundo! Porque como o seu sorriso não existe!
Não só pelo fato de você ter dentes alvos e bem distribuídos, mas porque eu sei que como o seu sorriso, não há. E se eu tivesse que encontrá-lo no meio de mil pessoas, bastaria pedir a todas elas que sorrissem, e logo você surgiria no meio delas, em alto relevo, com o seu sorriso inebriante, lindo, lindo, mas tão lindo que mesmo que eu bata a cabeça e tenha uma aminésia terrível, do seu sorriso eu vou me lembrar!
Todos esses pensamentos já passaram pela minha cabeça, e ainda não consegui dizer nada.
Não sei, mas às vezes eu acho que você tem o poder de me paralizar de qualquer ação que eu possa fazer. Sei que parece idiotice, mas é incrível como eu me sinto desarmada em relação a você.
Você me olha agora, e eu te olho também. Seus olhos me dão arrepios. Eles são tão negros, que posso me ver dentro deles. E ao mesmo tempo que eles me dizem tudo, às vezes sinto que eles são um verdadeiro mistério.
Os meus olhos, eles são claros, claros como eu. Mas você sempre fala da beleza dos meus olhos, sobre a explosão que ocorre dentro deles que eu chego perto do espelho só pra conferir.
Não me olhe desse jeito.
Faz tanto tempo, mas nem parece que já foram sete anos.
E ainda que passam mil anos, eu sempre vou ter essa mesma sensação: passe o tempo que for, eu sempre vou reconhecer e conhecer você como ninguém. Basta te olhar e sentir, se você está bem, se dormiu mal.
Não preciso nem te ver, basta sentir, às vezes uma pequena intuição que não vem nem de mim, pra saber de você.
Você sabe que é assim, eu sei também.
Tudo bem, lá vou eu, e eu vou falar, e você sabe que quando começo não paro mais...
Tudo bem... 1, 2, 3 e...
" Eu te amo!"

domingo, 29 de março de 2009

A alegria de escrever.

Como é bom escrever!
Não saberia explicar o quão mágica me sinto quando me sento nessa cadeira bamba, frente a essa luminosa tela para deixar aqui registrados os meus devaneios, as minhas cerimônias, a dança das minhas palavras.
Eu amo o que faço, mesmo que isso ainda não me renda nenhum tostão.
Eu faço pelo simples prazer, pelo amor.
Neruda, Vinícius, Camões, Álvares de Azevedo... eles entendem o que digo.
E não apenas eles, mas qualquer um que veja na escrita, na literatura uma porta para a terceira dimensão.
Quando a gente escreve, a gente pode fazer o que quiser com as palavras. Pode inventá-las, pode misturá-las. Não só com as palavras, mas com as pessoas, com os nossos sentimentos. Pode fazer que alguém nos ame, que alguém que chora, seja feliz.
Quando a gente escreve pode escrever uma carta qualquer, só pra dizer que se ama ainda, mesmo que esteja do outro lado do Continente. E que não é e nunca será esquecido, pois o amor é tudo de mais belo que há. Quando escrevemos, temos poderes mágicos em nossas mãos.
Como é bom escrever, mesmo que não sejamos reconhecidos.
E quando somos?
Nossa, quando somos reconhecidos é demais!
Me fogem as palavras!
Não reconhecidos pela mídia. Mas por uma pessoa, por um humano qualquer, que traz a sensibiliade na alma, que se deixa envolver pelas nossas, palavras. E que dependendo delas, ri e chora, se emociona, se engrandesce, se encontra, se identifica num pequeno parágrafo.
Escrever é mágico pra mim.
É meu combustível, que faz dos meus dias ensolarados, belos e cheios de flores....

sexta-feira, 27 de março de 2009

Na missa

"De que lhe vale toda a beleza, se no interior da bela fruta, jaz uma alma em putrefação, corroída pela vaidade, pelo egoísmo e toda as misérias que assolam a alma daquele que não consegue ver além do corpo, da matéria?"
Enquanto o padre falava, Eliza, ferida por tais palavras, esquivava seu olhar.
Haviam várias duquesinhas naquela missa. Todas bem vestidas, bem arrumadas. Pareciam que haviam saído direto de um baile da França. Iam na igreja por obrigação. Mas não todas, a maioria eu diria. Algumas iam de coração aberto.
O sermão do Padre Álvaro era claro e direto, ferindo o orgulho não só das mocinhas, mas de suas respectivas mães. A sociedade daquela época cheirava a coisa podre.
" E não adianta vocês fingirem que estas palavras não se adequam para vocês, minhas filhas, porque é para vocês que as pronuncio! Não sejam tolas! Olhem no íntimo de si mesmas? O que lhes vai no âmago? Só vocês podem responder, mas como podem responder se recusam-se a olhar? Por que recusam? Porque vocês sabem que suas almas está corroída, violentada pala vaidade, pelo ego, pelo poder, pela cobiça, pelo dinheiro! Não vos enganeis minhas filhas! O dinheiro e a vaidade são maus conselheiros."
Eliza, escutava por um ouvido e logo saia pelo outro. Não gostava daquele padreco! Ora, quem ele pensava que era?
Ela ia na missa para ver o diácomo.
" Eliza, você tem que abrir seu coração para o Sagrado, para Jesus!" dizia sua irmã mais nova, Aleda, que apesar da idade tinha uma mente muito a frente da mente de sua irmã.
Talvez fosse por isso que Eliza invejasse tanto Aleda. Não porque Aleda era mais bonita, afinal tinham belezas semelhantes, mas pelo fato de Aleda ser suave, serena, entregue a oração. Pelo fato de Aleda viver sorrindo e sempre ter palavras bonitas beirando-lhe os lábios.
Várias vezes sentiu ciúme de Aleda, porque sempre após a missa de domingo, ela ficava a prosear com o diácomo sobre Deus, Jesus e Santa Inês.
Aleda pensara em virar freira, o sacerdócio para ela soava como música. Mas o pai lhe negara tal desejo.
Eliza fervia de raiva. Duas flores numa mesma família, uma porém, cheia de espinhos e pragas, a outra, tão bela e livre de maldades que causava alegria em quem a olhava.
Eliza só não matara a irmã ainda, pois ela seria considerada Santa, e então o diácomo iria gostar ainda mais de Aleda. Quanta irônia!

quinta-feira, 26 de março de 2009

Every breath you take...

Uma sala vazia e a presença dela no ar.
No sofá não há ninguém além dele que ocupa o espaço do sofá todo, deitado, com as pernas esticadas. Seu café já havia esfriado.
Nada que queira dizer, fazer ou falar.
No momento, só existe uma pessoa capaz de falar por ele: Sting.
E lá está ele, ouvindo pela vigésima vez, pois deixara o rádio no repeat na música 8.
Por que aquela música lembrava tanto o sorriso dela?
Por que quando a ouvia, bastava fechar os olhos para vê-la e quase tocá-la?
Por que mesmo depois de tudo, não conseguira arrancá-la do coração?
Na verdade, ele sabia.
E em meio seus pensamentos Sting e o The Police diziam:
" Every breath you take, every move you make, every bond you break, every step you take, I'll be watching you...
Every single day, every word you say..."
Já que ele estava ouvindo e observando tudo que ela fazia, saberia que lá do outro lado do Continente,ela ainda o amava, e estava com seu iPOD ligado ouvindo:

" Every move you make, every vow you break, every smile you fake, I'll be watching you..."

quarta-feira, 25 de março de 2009

O amor é como o mar.


O amor é como o mar.
Qualquer poeta comum deve ter percebido essa semelhança fatídica, mas tão bela.
O mar é como o amor.

O amor é lindo, o mar também.
O mar é imenso, o amor também.
Mas quem nunca teve medo de entrar no mar?
Quem nunca teve medo de amar?

O amor é como o mar.
Imenso e amedrontador. O mar parece perigoso.
Quem nunca teve medo de se afogar no mar?
Quem nunca achou que fosse morrer de amar?
O mar é como o amor.
Quando há ondas enormes, que quebram na praia, avassalam, arrebentam.
Ou quando existem marolinhas, tão fracas que nem sentimos passar.
O amor é como o mar.
O mar esconde segredos que nenhum homem desvendou.
O amor é um segredo que talvez nenhum homem seja capaz de desvendar
.
O amor e o mar.
E quem nunca teve vontade de colocar seu barco no mar, mil e uma aventuras enfrentar?
E quem nunca teve vontade de entrar de cabeça num amor, só pra ver onde vai dar?

O mar e o amor.
Quando olho pro mar, me lembro do amor.
E quando me lembro do amor, sinto meu coração amar.
Ah mar...
Amor...

terça-feira, 24 de março de 2009

"Dez Coisas Que Eu Odeio Em Você"

http://www.youtube.com/watch?v=oqbBcLlKxWA


"Odeio o modo como fala comigo
E como corta o cabelo
Odeio como dirigi o meu carro
E odeio seu desmazelo
Odeio suas enormes botas de combate
E como consegue ler minha mente
Eu odeio tanto isso em você
Que até me sinto doente
Odeio como está sempre certo
E odeio quando você mente
Odeio quando me faz rir muito
Mais quando me faz chorar...
Odeio quando não está por perto
E o fato de não me ligar
Mas eu odeio principalmente
Não conseguir te odiar
Nem um pouco
Nem mesmo por um segundo
Nem mesmo só por te odiar"

Graças a Liz!

Algum dia, alguém lhe faria aquela pergunta, e ela obrigatoriamente arrumaria uma historinha qualquer para responder.
" Quando você decidiu que iria seguir essa profissão?"
E depois de responder, iria pensar naquilo que evitava, na verdade. Teria que se lembrar daquela mocinha petulante, aquela que ela detestava, mas que de alguma maneira a fizera seguir esse caminho. Teria que se lembrar de Liz.
Será que se encontrasse Liz na rua, iria agradecê-la por isso?
Pois era mesmo, graças a Liz que ela descobrira o que diz ser sua vocação.
E Liz riu algumas vezes por pensar assim.
Na verdade sabia que aquela profissão era uma grande arma para ela. Um meio sem igual de engrandecer ainda mais o seu já tão graaaande ego. Um meio ainda mais poderoso de cultivar a sua vaidade.
Porque sabemos que como atriz, ela seria um fiasco. Pois mente muito mal, não engana uma mosca! Nem a si mesma. E na idade que está, ser atriz? Não daria nada certo.
Sua vaidade cresce cada vez que vê seu rosto na TV. E não teria a mesma sensação se pudesse ler as letras de seu nome num renomado jornal. Para sua vaidade e intelecto, isso não bastaria.
Tinha que ver a sua beleza resplandecente e ver principalmente que todos estavam ali, prestando atenção no que ela dizia, como se fosse uma deusa em plena oratória.
Não havia jeito melhor de sentir-se a melhor. Ela sempre fora a melhor não é mesmo?
Principalmente agora, que tinha tudo.
Sua profissão, inspirada por Liz, mesmo que ela não admitisse nunca! Tinha conseguido comprar o que a natureza lhe negara por tanto tempo. E tinha um lacaio para dizer a ela que era a mais bela das belas e idolatrá-la até quando ela se cansasse dele.
Acho mesmo que ela devia agradecer a Liz, e se tivesse uma filha menina, deveria colocar o nome de Liz! Pois várias vezes Liz fora sua inspiração. Mas nesse ponto havia sido mais importante, pois Liz inspirara nela o dom de sua profissão!
Mas de qualquer maneira, ela nunca vai admitir isso. Nunquinha!
Mas não há problema, porque Liz sabe muito bem disso.
E ela, também, pode não admitir, mas lá no âmago essa seria a resposta mais decente e verdadeira para a pergunta que algum dia, alguém lhe faria.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Emma Bovary c'est moi!


"Acabava de partir desesperada. Agora o detestava. Aquela falta de palavra ao encontro parecia um ultraje e ela procurava outras razões ainda para se desligar dele. Ele era incapaz de heroísmo, fraco, banal, mais brando que uma mulher, e além disso avarento e covarde.
Depois, acalmando-se, acabou por pensar que talvez o tivesse caluniado. Mas o denegrirmos os que amamos sempre nos desliga deles um pouco. Não é bom tocar nos ídolos; o dourado pode sair nas nossas mãos."




"Sem você, fique sabendo, teria podido viver feliz! Quem o levou a isso? Era alguma aposta? Não obstante me amava, você dizia...E ainda a pouco... Era preferível que me tivesse posto para fora! Ainda tenho as mãos quentes dos seus beijos, e aqui está o tapete o lugar onde você me jurou de joelhos uma eternidade de amor...E me fez acreditar durante dois anos, arrastou-me num sonho mais esplendido e suave! E nossos planos de viagem, lembra-se?
Oh! A sua carta, a sua carta, que me partiu o coração! E depois quando volto a vê-lo, a ele, que é rico, feliz, livre, para implorar um auxilio que qualquer um me prestaria, suplicante e trazendo-lhe toda minha ternura, ele me repele, porque isso lhe custaria 3.000 francos!"

A menina e as conchinhas


Não passava das onze da manhã. O Sol não havia chegado no seu ponto alto, não haviam muitas pessoas daquele lado da praia. Apenas o mar tinha o direito de lhe quebrar o silêncio.
A menina ia caminhando em passos vazios. Calada, resignada. Tentando, a cada passo, tirar de dentro de si aquele sentimento. Mas lá no âmago, ela sabia, era impossível.
Não preguejou, não entristeceu. Ia como se a brisa da orla a levasse, obrigatoriamente.
Ia buscando qualquer coisa que pudesse entreter sua mente. Mas só de olhar a imensidão do mar, lembrava de tudo que era grande, belo e misterioso como o mar. Lembrava do amor. E disso ela não queria lembrar.
Chicoteou-se no íntimo, como se cometesse algum pecado.
Será que pecava?
Chicoteou-se mais uma vez por pensar nisso de novo.
Precisava de algo para entretê-la.
Iemanjá assistia tudo. A menina não a via, mas ela via a menina, e bondosa mandava em cada onda conchas do mar, belas e diferentes, afim de que a menina se distraísse.
A princípio não adiantou muito. Ela olhava e olhava, mas logo seguia.
Então, mais adiante pode observar uma infinidade de conchinhas diante de seus pés. Era um tapete. Não tinha como andar e não pisar em uma conchinha.
Ficou abismada.
A menina prontamente começou a andar e a pegar as conchinhas. Haviam muitas iguais, mas ela só queria as mais singulares possíveis. Sendo assim não pegou muitas.
Mais adiante pode ver um siri morto. Pobre coitado. Abaixou-se e arrancou a pata do siri. Nem ela sabia bem o porque.
E assim foi, até não querer mais pegar conchinhas.
Lá onde quebram as ondas, Iemanjá sorria. Conseguira tirar o coraçãozinho da menina daquela maré de saudades e lágrimas.
E por alguns instantes pode ver a menina sorrir. Um sorriso tão lindo quanto sol, que fez Iemanjá sorrir também, só pelo fato de vê-la sorrir.



domingo, 22 de março de 2009

Só para escrever...

Eu tinha que escrever. Mesmo que a inspiração não seja das melhores e que o efeito do dramin não tenha passado.
Mesmo que eu esteja com tanto sono que não consiga distinguir as letras direito. Pra ser sincera eu fico dopada com dramin.
Mas eu precisava escrever. Ouvir o som de cada tecla, observar o desenho que elas fazem enquanto eu as carimbo e as escrevo aqui.
É uma necessidade.
Precisava mesmo. E não vou escrever algo com muito nexo não. Os pensamentos que mar e vento me trouxeram eu posto depois, com calma, e sem sono.
Mas estou aqui, sustentando o meu vício. Já é um vício.
Um vício bom, mas que nem sempre diz coisas boas e felizes. Meu vício querido, que me alivia das dores, e leva de mim todo sentimento que poderia se aglomerar em minhas células e se tornar um tumor.
É aqui. Bem aqui que me liberto, que me escondo. E como disse um pensador " É bom ter um refúgio!" E agora entendo o porque do nome e lhe dou toda a razão que pode existir.
Aqui faço minha casa, estendo a minha rede, aqui eu tenho o mar, o vento, o céu, as estrelas, a lua, quantos sóis eu quiser. Faço o que eu quiser, com quem eu quiser!
Aqui eu sou a dona das palavras e faço o que der na telha com elas.
Aqui eu mando! E ponto!
Ufa... precisava escrever...

terça-feira, 17 de março de 2009

Praia!

Meu caros e digníssimos leitores...
Vou pra praia amanha ( quarta-feira, 18 de março), e talvez fique sem postar durante esses dias. As inspirações virão e eu as escreverei num caderno. Postarei assim que voltar. Ou até quem sabe, poste por lá mesmo. Não sei, é indefinido.
Obrigada a todos aqueles que acompanham o blog diariamente! Sou imensamente grata!
Fiquem com Deus! E até o próximo post!!!
Mas antes de viajar tinha que postar.

Aí vai...






Arrumei as minhas malas para viajar. Vai ser bom ficar uns dias fora.
Espalhecer, sair um pouco dessa atmosfera.
Vai ser bom olhar o mar, contemplar sua imensidão, reverenciá-lo.
Será bom sentir a brisa, passear na orla. Deixar que o vento leve tudo de ruim de mim.
Leve minhas tristezas, minhas frustrações, minhas saudades.
Será bom ficar sozinha alguns dias. Sem ninguém. Sem cobranças.
Principalmente nesses dias.
Nas minhas malas não vou levar nada que me entristeça. Nada que me lembre sorrisos, abraços, afagos que eu não quero lembrar.
Nada disso vai comigo. E nem fica.
Vai ser bom passear em família, afinal ano que vem as coisas serão bem diferentes pra mim.
Será como um refúgio. Um retiro.
Espero que Iemanjá refresque meus pensamentos, que a Lua ilumine minha mente e que o Sol aqueça o meu coração.
Que a água do mar leve embora tudo de ruim, tudo o que eu não quero guardar. E que só me deixe as coisas boas...
O horizonte... Como eu gosto de ficar quietinha, absorta em pensamentos que as vezes nem sei, só observando o horizonte. Aquele encontro do céu e do mar, onde separam-se apenas por uma linha, uma linha muito tênue. Um limite.
Até para o céu e para o mar existem limites...
Mas não quero falar sobre isso.
Que Deus nos acompanhe.
Vai ser bom ficar uns dias longe...

segunda-feira, 16 de março de 2009

Quase

Aquele lugar a incomodava. Era bello, sofisticado. Uma rotisserie sem igual, uma das melhores de São Paulo. Mas ainda sim, a incomodava, e incomodava porque lembrava ele.
Poderia ter ido em outro lugar, ter comido um lanche qualquer na rua. Mas já se conhece, conhece sua gastrite também, e um lanche qualquer poderia ser fatal.
Além do mais, com seus poucos meses de São Paulo não conhecia outro lugar ali onde pudesse fazer uma refeição decente.
Então entrou. Com um frio na barriga, torcendo para que não visse ninguém familiar. Aquele dia, em especial, não queria falar, nem ver ninguém.
Não sabia dizer o porque, mas todos nós temos daqueles dias em que não queremos ver ninguém, e que ninguém nos veja.
Sentou-se numa mesa a qual nunca haviam sentados juntos. Menos mal.
Logo chegou um garçom, deu-lhe o cardápio.
Ela olhou para o cardápio com medo. Medo de ler o que não queria, mas acabou lendo. Aquelas letras sonoras, com nome de um bairro que caracterizavam um strogonoff com gosto de mostarda, mas que era muito bom. E ali estava ele : Frei Caneca.
"Não quero!" ela pensou. Tornou a olhar o cardápio e pediu um fillet de frango ao molho branco.
Olhava a sua volta. Como sua vida havia mudado.
Sentiu saudades da mãe, e de ligar só pra ouvir a voz dela. Conteve-se.
Não era fácil sobreviver naquela mar de prédios e de gente. Às vezes parecia que São Paulo iria engoli-la!
Mas nada podia fazer. Mesmo com aquele caldeirão de sentimentos sabia que estava no lugar certo.
O prato chegou. Ficou olhando para a cara dele. Comeu, tinha fome.
Não queria ficar mais nenhum minuto lá.
Levantou mais que depressa, pegou um yogurt para mais tarde, pagou a conta e foi.
Mais adiante antes de atrevessar a rua, algo tirou sua atenção. Era ele entrando no mesmo lugar.
Perturbou-se.
E antes que ele direcionasse o olhar para a calçada dela, atravessou.

domingo, 15 de março de 2009

Singular

Agora é sim. Não me largo por nada.
Hoje, quando me olhei no espelho, senti algo que não sentia a anos, senti que uma parte que me faltava tinha voltado, uma parte que chamo de "eu".
Olhei no fundo dos meus olhos. Eu estive ausente por tanto tempo. Talvez até estivesse ali, mas não é a mesma coisa.
Fazia tempo que não me sentia bonita, livre, sem pesos, nem rancores.
Cansei de pensar em "nós", "eu, tu, ele". Chega! " A gente"? Han? O que é isso?
Agora é que sou EU!
Eu sim! E vamos torcer para que eu seja um pouco egocêntrica e pense mais em mim.
É isso que eu estou fazendo.
Amores vem e vão. Mas quem fica sou EU!
Tenho que cuidar bem de mim, mas não para os outros, sim pra mim.
Quem fica comigo a maior parte do tempo?
Quem suporta minhas crises?
Quem me conhece tão bem assim?
Quem escuta o que eu digo primeiro, mesmo que não ouça? Ou quem lê o que eu escrevo em primeira mão?
Sou meu primeiro e maior amor.
Se eu não cuidar de mim, se não me amar, se não me sentir querida, e não me fizer dormir bem, quem fazer isso por mim?
Você, ele? Ela? Quem?
Chega de pensar em segundas e terceiras pessoas, chega de pensar no plural, por ora.
Agora sou singular.
Me, myself and I!
E tenho dito!

sábado, 14 de março de 2009

Thanks for the memories...

Agora quem vai sair dessa casa vazia sou eu.
Não há mais nada além do eco e do vazio. Eu insisti em ficar aqui, mesmo sabendo que você nunca mais fosse voltar.
E todos os dias eu arrumava a mesa com dois pratos, dois copos, dois pares de talheres. Todos os dias eu fazia comida a mais, e sempre sobrava, porque você não iria voltar.
Eu insistia, lutava comigo, com o tempo, com a dor, com a solidão. Lutava com a realidade. Mascarava a verdade da maneira que eu quisesse. Fazia de conta que no próximo final de semana você iria me ligar. E no meu mundo de fantasia hoje era seu prazo final.
Você apareceu me desejando o seu carinhoso e estúpido " tudo de bom ", me dizendo que " gosta muito de mim e eu sei disso!" Faça-me o favor de me poupar desse discurso piedoso e enjoado! Você pode até gostar muito de mim, mas a essa altura do campeonato, meu bem, isso não basta!
Gostar muito eu gosto do meu cachorro!
Gostar muito, eu gosto de história!
Gostar muito, eu gosto de barinjela a parmegianna.
Desculpe a minha grosseria, na verdade nem sei porque estou me desculpando, aliás você não lê o que eu escrevo mesmo!
Eu vou sair dessa casa. Eu cansei de dormir sozinha, cansei de deixar a porta do quarto encostada, esperando você voltar!
E você pode ser muito lindo, e pode ser um amor, mas olhe lá meu querido, você não é o único homem da face da terra!
Eu sou uma imbecil mesmo, porque não deveria estar me preocupando com relacionamentos sólidos e duradouros a essa altura da minha vida. Eu estou começando a viver.
Já você, você já tem seus 24 anos, daqui a pouco, 30, e tão logo seus 40!
Quando a solidão te abraçar a noite, você vai lembrar de mim, ah vai!
Só que guarde bem essas palavras:
" Amor igual ao meu, você nunca mais terá! Amor que você nunca viu igual, você nunca mais terá! Amor que não se mede, Amor que não de pede. Que não se repete!"
Estou ácida, não é?
Pois é... Cansei de alimentar Alice de ilusão, de vento!
Talvez essa minha acidez sirva pra tirar você da minha cabeça!
Chega! Pra mim já deu...
Te Amo? Talvez...
Mas pode ter certeza que eu me amo muiito mais!
E se for pra ficar esperando a sua boa vontade, vou apodrecer nessa casa maldita, eu e minha sombra!
Vou ser feliz, vou viver a minha vida!
Obrigada por tudo...
Não vou dizer que não vou mais escrever sobre você, porque você me causou boas inspirações!
Mas se eu puder evitar, melhor pra mim!
Vou sair e jogar a chave!
Seja muito feliz!
Thanks for the memories.....
FUI!!!!!!!!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Sonho lúcido... muito lúcido!

Um sentimento de piedade invadiu meu ser assim que acordei. Nem os relâmpagos e trovões daquela chuva horrível me feriram mais que esse sentimento.
Pior que piedade é auto-piedade. Não deveria ter acordado por dois motivos. O primeiro é que sonhei com você, um dos sonhos mais lindos e tristes. E o segundo é que detesto essa tal de auto-piedade. Não sou nenhuma coitada, nem mocinha, nem bandida.
Sei que você não quer saber, e pra falar a verdade você nem deve ler o que eu escrevo. Mas quer saber? Dane-se você! Porque tem muita gente que lê o que eu escrevo e gosta, e que me elogia por cada texto meu, é uma pena que eles falem de você. Mas chega já! Eu cansei de depender da sua provação pra ser feliz!
Mas mesmo assim vou contar o meu sonho...
Eu lembro que estava na praça, minha mãe ia viajar e eu estava sozinha. Tinha alguém comigo, uma amiga, não me lembro quem. Lembro que nós estávamos indo pra minha casa, e paramos num bar. De lá saíram seus amigos, dizendo aquele apelido engraçado que eles dão pra moças bonitas, e eu perguntei se você estava lá.
E você estava. Eu quis ir embora mas eu fiquei, e você estava bêbado, pra não varir muito né? E estava fumando. Então você veio cheio de graça pro meu lado, e eu mandei você embora.
Mas logo você me abraçou e me beijou.
Fomos andando pela cidade, as ruas estavam interditadas, deveria ser alguma festa. Então você me abraçou, olhou nos meus olhos e disse.
" É... agora vou me dedicar somente a uma mulher." Eu não tinha entendido sua frase e você olhou e sorriu aquele sorriso que só você tem.
" O que você acha da minha idéia?"
" Se for o que eu estou pensando..."
" Então a gente voltou...!"
E me beijou. Nossa, eu estava explodindo de felicidade. A festa da cidade estava linda, tão linda quanto o céu. E na frente do Literário, não por mera coincidência estavamos abraçados.
Foi então que eu te disse a frase que acabaria com toda minha alegria.
" Parece que estou sonhando."
Pronto! Era o que bastava. Estava tão feliz, mas tão feliz, e tudo parecia tão real que eu não havia me ligado que estava sonhando, e que quando acordasse não teria mais você envolvido nos meus braços, sorrindo pra mim.
Bateu um desespero e eu te disse.
" Não acredito, estou sonhando!"
" Não está, é a mais pura realidade!"
Então, percebendo que a qualquer momento eu poderia acordar, olhei pra você e disse.
" Eu te amo."
" Eu também te amo Alice!"
Tive certeza. Era um sonho. E no meu desespero decidi aproveitar cada segundo que me restava. Abracei você como nunca, beijei você como se nunca mais fosse te ver na minha vida. Olhava pra você como se a qualquer momento fosse acordar sozinha. Acariciava seus cabelos, encostava minha cabeça no teu peito pedindo pra por favor, Meu Deus, espere só um pouquinho.
" O que você tem? Está nervosa."
" Não é nada, meu amor..."
Não lembro quanto tempo mais me restou. Sei que acordei com o peito cheio de dor, saudade e piedade.
Me sentindo uma completa idiota, lembrando do meu desespero ao pensar em acordar. Deu um nó na minha garganta, eu quis chorar. Mas fechei os olhos e dormi só pra ver se sonhava com você de novo...

quinta-feira, 12 de março de 2009

Dilemas do Amor

Iracema, Emma Bovary e Bertoleza. O que essas três heroínas literárias teriam em comum?
Elas abriram mão de tudo, de suas vidas, por um amor.
E o resultado? SE FUDERAM!
Exatamente Meus Caros Leitores! Elas tomaram no nariz!
Abriram mão de suas vidas, brigaram com suas famílias, submeteram-se a situações inimagináveis, cada uma em seu contexto, mas pelo mesmo sentimento... AMOR.
Não estou dizendo que o amor não vale a pena, mas até que ponto as pessoas desistem de duas vidas por amor? Até que ponto vale a pena trocar o que se tem, brigar com seus entes, despedaçar corações, gerar conflitos?
Se o amor é um sentimento bom e que só traz felicidade, porque algumas pessoas destroem suas vidas, brigam com suas famílias e sofrem tanto por ele?
Chega a ser tão contraditório, que parece não existir uma explicação.
Cada um com sua óptica, mas o amor constroe. Não destroe nada.
Esse tipo de sentimento, pra mim, não é amor. É paixão.
Quando a gente deseja um amor, a gente deseja pra que ele acrescente em nossas vidas, para que ele multiplique felicidade, divida sentimentos. Que venha pra somar e não pra subtrair! Pode soar muito matemático e racional, mas é a pura verdade.
Existem mulheres que brigam com suas famílias, abandonam seus filhos, seus empregos, suas casas, seus amigos, jogam tudo pra pra viver um amor...
Pera lá, minha amiga, as coisas não são bem assim!
Se você quer viver esse amor tão intensamente, pra começar, bote sua cabeça no lugar, porque fazer as coisas no calor do momento, é melhor contar até três...ou se você se conhece, conte até trinta!
Digo isso não só por dizer, porque quem mais precisa ouvir isso aqui sou eu, afinal a primeira pessoa que lê o que a gente escreve é a gente mesmo.
É claro que num relacionamento, ambos se resguardam e abrem mão de certas coisas pra que o relacionamento dê certo. Mas isso tem que ser recíproco!
Porque não adianta nada, meu bem, você largar suas amigas, sua dança, sua academia, e o bonitão sair toda sexta jogar bola e tomar cerveja, enquanto você fica em casa chupando o dedo, literalmente!
E o que eu estou dizendo não é nenhuma novidade não! Todo casal em sã consciência quando começa um relacionamento, sabe muito bem disso. O problema é por na prática.
O amor não é uma ciência que se explique ou se compreenda. A gente simplesmente sente. Mas tem certas coisas do amor, que se a gente não atender, aí, adios!
Não posso impor a minha opinião como absoluta, porque como eu disse no começo cada um com sua óptica, mas se você parar e refletir vai perceber que cada caso é um caso, mas os casos sempre tem idéias parecidas.
Quando a gente quer um amor, a gente quer pra ser feliz. Não pra ser triste, chorar, sofrer, ter raiva, ciúmes doentio. Se for pra ser triste, que seja sozinho!
Por isso, minha amiga tome muito cuidado com esses " amores" da vida. Senão você vai acabar como Iracema, Emma e Bertoleza. Sozinha, angustiada, mal amada, e pra piorar, defunta!
E como eu sempre digo: Amor próprio, primeiro e último! Ame-se!

quarta-feira, 11 de março de 2009

Uma pequena premonição

Um dia qualquer você vai acordar com uma sensação estranha. Uma sensação que vai lhe fazer levantar da cama duas horas mais cedo. Vai olhar a sua volta e ter a sensação de que está faltando algo.
Vai olhar ao seu redor, está tudo no lugar. Mas tem algo muito estranho.
Vai até a cozinha, vai abrir o armário. Você comprou tudo que precisava pra receber seus amigos essa noite, então, por que essa sensação de estar faltando algo?
Vai encucar. Você vai até seu quarto, vai mexer nas suas partituras, estão todas em ordens pra você levar pro estúdio, então, por que isso?
Vai revirar sua pastinha que você guarda suas contas. Estão todas pagas. Não é isso.
Vai sentar no seu sofá sem fome nenhuma. Ainda são cinco da manhã. Você precisa estar no estúdio as nove e meia. Poderia dormir mais uma horinha.
Vai pro quarto e vai deitar. Vai olhar pra sua cama.
"Está faltando algo aqui", você vai pensar. Mas o seu lençol, seu sob-lençol e seu edredon estão ali. Seu travesseiro, seu copo d'água na cabeceira. Está tudo ali.
Você não vai conseguir dormir. Vai rolar na cama. Então uma angústia vai apertar seu coração.
" O que eu estou sentindo afinal?"
Vai até a varanda, o dia está nascendo em São Paulo. Vai acender um cigarro, afinal, agora você é fumante.
Vai fumar três cigarros.
" Já sei!"
Vai correndo até o quarto que não dorme ninguém, que você deixou para suas bagunças e instrumentos. Vai abrir a sua mochila.
" Droga, não era isso!"
A gaita está ali. Você lembrou de colocá-la na mochila ontem a noite. Não é da gaita que está te deixando com essa sensação.
Poderia chegar mais cedo no estúdio e agilizar as coisas, mas esse não é seu estúdio, ele só abre as oito.
Você vai tomar banho. Vai observar o banheiro cuidadosamente. Está tudo no lugar ali também.
Vai pensar:
" Eu tenho tudo, meu apartamento, minha família, um pouco distante, mas tenho, minha carreira, minha música, tudo... então o que falta?"
Vai se aprontar, escutando qualquer coisa que te faça esquecer um pouco esse sentimento.
Vai descer até a garagem. Você pegou tudo, não esqueceu nada. Fez revisão no carro semana passada. Está tudo em ordem.
Vai dirigir tentando afastar essa sensação de você.
Vai tomar café numa padaria qualquer.
Vai ficar lá enrolando, lendo qualquer coisa pra esquecer essa sensação.
Já são oito horas, você já pode ir pro estúdio.
Então você vai levantar, e vai olhar a sua volta. Vai ver um casal apaixonado. Isso vai lhe incomodar.
Vai sair da padaria o mais depressa que conseguir.
Uma moça vai passar perto de você, com um perfume que vai lhe causar borboletas no estômago.
Vai dirigir, então o sinal vai fechar, e no carro ao lado, ali vai estar ela.
Olhos escondidos por óculos escuros, com a boca em movimento, porque estava cantando.
Você vai paralizar. Nem vai perceber o sinal abrir. Só vai perceber as buzinas. Vai dirigir desnorteado até o estúdio.
Vai parar.
Aquela sensação passou.
Agora você sabe o estava faltando : Ela!

segunda-feira, 9 de março de 2009

If I Were a Boy ( Se eu Fosse um Garoto ) - Beyonce Knowles ♥


Se eu fosse um garoto
Mesmo só por um dia
Eu sairia da cama de manhã
E iria para onde eu quisesse ir
Beberia cerveja com os rapazes
E paqueraria as garotas
Eu faria isso com quem eu quisesse
E eu nunca seria confrontado por isso
Porque ela ficaria presa á mim



Se eu fosse um garoto
Eu acho que conseguiria entender
Como é amar uma garota
Eu juro que seria um homem melhor
Eu a escutaria
Porque eu sei como dói
Quando você perde o que queria
Porque ele não te dá valor
Tudo que você tinha é destruído


Se eu fosse um garoto
Desligaria o meu telefone
Diria a todos que ele está quebrado
Então eles pensariam que eu estaria dormindo sozinho
Eu me colocaria em primeiro lugar
E faria as regras para seguir
Porque sei que ela seria fiel
Esperando que eu volte para casa
Que eu volte para casa




É um pouco tarde para você voltar
Dizer que é só um erro
Pensar que eu perdoaria você assim
Se você pensou que eu esperaria por você
Você pensou errado


Mas você é só um garoto
Você não entende
É você não entende
Como é amar uma garota
Você deseja ser um homem melhor
Você não a escuta
Você não se importa como dói
Até perder a única que queria
Porque você acha que ela está garantida
E tudo que vocês tinham foi destruído


Mas você é só um garoto...






Minha Musa, Beyoncé Knowles sempre com a razão!!!

O sonho


Estava furiosa, com o humor abaixo de zero, como ela disse.
Haviam pelo menos, cinco pessoas que se ela tivesse visto hoje, teria esguelado.
Não acordou chorona, pelo contrário. Tem dias que sua TPM a faz se sentir uma imbecil, uma heroína de romance, uma Emma Bovary que se afoga em lágrimas por qualquer coisinha. Fica tão sensível, que nem ela se suporta. Ainda bem que sabe.
Irônica, raivosa, espumando. Se não fosse o sono antes das duas da tarde teria escrito três textos cortantes e dois bem ácidos pra cutucar, provocar e aliviar sua tensão. Agora vê, ainda bem que foi dormir.
Precisava de alguma coisa para aliviar a sua TPM tão gritante.
Precisava de um sonho. Um sonho doce. Um sonho bonito, que pudesse fazê-la sorrir, que a entretesse por alguns minutos e que aquietasse esse stress.
Um sonho. Era só o que ela precisava.
E sabe o que ela fez?
Foi até a padaria! Hahaha!
E riu quando lembrou daquele dito popular :
" Se o sonho acabou, não se preocupe. Vá a outra padaria!"
Porque hoje não quero falar de romance, pelo menos até as 21h.

domingo, 8 de março de 2009

Os Três Lados da Moeda


Três lados da moeda? Mas a moeda só tem dois lados...
Não aqui no País das Maravilhas.


Lado 1:

" Por que você acha que eu não gosto de estar aqui?"
Para o Sr Coelho, Alice está na história errada. Ela não se encaixa naquele ambiente. Para ele Alice deveria estar num conto de fadas qualquer. Cheio de Princesas, Príncipes e bruxas. Cheio de vestidos, festas, bailes de máscaras.
Para ele, Alice deveria estar num outro ambiente. Mas não é o que parece.
Pois as pessoas daquele chá parecem gostar dela, sorriem para ela, conversam com ela. " Você aceita uma xícara de chá, Alice?".
Lá até o Chapeleiro Maluco gosta dela!
Para eles, Alice está no lugar certo, e para ela também.
Só o Sr Coelho Fumante que não enxerga!


Lado 2:

Alice gosta de estar ali, naquele chá, no País das Maravilhas. E de fato é mesmo o País das Maravilhas. Tão ilusório quanto, tão feliz quanto. É onde Alice faz de conta que está vivendo a realidade e que a realidade é feliz. Com aquelas pessoas sorrindo pra ela, brincando com ela, com excessão da Rainha de Copas, que vamos combinar é a própria. Só faltar olhar para Alice e dizer: "Cortem-na a cabeeeça!". Mas sobre isso falaremos depois.
Alice gosta de estar lá, e por alguns instantes imagina que sua vida seria assim, e permaneceria assim. Como se aquela tarde se prolongasse pra sempre. Alice estava feliz.
Alice gosta daquele mar de ilusões coloridas, tudo parece verdade até ver o Sr Coelho tão distante do abraço dela, que ela acorda. Mas logo volta a sonhar. E sente-se numa terceira dimensão, onde a realidade e o sonho se fundem, dando a Alice um misto de alegria e tristeza.


Lado 3:

Até quando você vai viver de ilusão Alice? Até quando vai se amargurar em ver o Sr Coelho longe de você? Até quando essas mentiras vão sustentar sua felicidade utópica?
Eu sei que você gosta de estar lá, com aquelas pessoas, perto do Sr Coelho, mas vamos encarar a realidade Alice! Vá viver a sua vida. Saia um pouco do País das Maravilhas e você vai pereceber que as maravilhas da vida não estão só lá! Que há milhares de maravilhas só esperando você acordar e ir encontrá-las!
Olhe ao seu redor Alice, olhe para você! Quem está perdendo nessa história?
Sim Alice, o Sr Coelho! Só ele tem a perder, você não!
Quem vai acordar um dia e perceber que não há mais Sol e Encanto do País das Maravilhas não vai ser você Alice, vai ser ele! E ele vai ter que se contentar com a Rainha de Copas! ( éca!)
Vamos Alice, face it!
Deixe essas ilusões no País das Maravilhas e vá ser feliz!


E Agora?

sexta-feira, 6 de março de 2009

Sonnholidade

Hoje eu acordei, ele estava ali. Seus cabelos lisos, tão lisos que eu fico imaginando que a nossa filha não terá problemas com escovas e alisamentos. Não vamos gastar dinheiro com chapinha.
Eu olhei pra você, e você respirava ainda. Sua testa estava febril ainda. Eu não gosto de te ver doente. Você lembra aquela vez que eu te dei remédio, lembra? Que eu cuidei de você? Lembra né. Essas coisas a gente não vai esquecer.
Mas por favor, não fique doente nunca mais, porque não estou contigo pra te dar remédio e todo meu amor.
Mas ainda sim você estava febril. Eu levantei, fui fazer café. E o cheiro do café espalhou no nosso apertamentinho, como a gente diz. Mas não precisa ser muito grande, não é mesmo, meu amor. Se couber eu, você, seu violão e o computador, pra nós já está de bom tamanho. Pra dormir a gente se arranja em qualquer lugar. Como daquela vez que a gente dormiu no sofá lembra? Você lembra sim. E que você acordou e disse " tá tarde né, melhor eu ir né.", quem lê pensa que você é um recém chegado do Nihon, mas você não é.
Então você acordou, eu pedi pra você tomar café, pra te dar remédio, e você disse " meu remédio e você, Alice..."
E eu me sinto mesmo seu Anjo de Guarda, porque as vezes você dorme e larga suas partituras espalhadas pela casa, principalmente em domingo, e quando são duas da manhã você levanta e eu já guardei todas elas onde sei que devo guardar.
Você se lembra do Libertago? Libertango né? Eu sei que você lembra, porque eu me lembro. E das vezes que você me ensinou a desenhar uma clave de sol.
E a tatuagem que você desenhou no meu Evangelho Segundo o Espiritismo, agora ela tá tatuada em você e eu gosto dela. Dessa vez não podia deixar você beber, senão ia inflamar a tatuagem. Vamos combinar que não falta cerveja na nossa geladeira, porque estamos sempre com a casa cheia, não é, meu amor.
E das vezes que nós brigamos por ciúmes, foram algumas, mas não vamos dizer tantas. É que nós dois somos bonitos, não é? (risos)
E agora você está aqui, deitado do meu lado, na minha fantasia, mexendo nos meus cabelos, cantando pra mim a canção que você fez com o meu nome pra dizer que me ama...

A Princesa Sol e o Tocador de Alaúde . parte II

Os dias que sucederam foram regados a música, sorrisos, olhares e solos de alaúde.
Durante duas semanas os músicos do príncipe iam ao palácio onde vivia a Princesa Sol. Lá ficavam até tarde da noite.
Durante esse período, a Princesa fez amizade com o tocador de alaúde, que chamavasse Oraht.
Ficaram amigos, e ele passou admirá-la ainda mais após ler as belas poesias e os lindos contos que ela escrevia.
Shams e Oraht passaram da amizade para um relacionamento amoroso as escondidas. Até que o príncipe fosse embora ninguém poderia saber.
Shams e Oraht fizeram inumeras juras de amor, prometeram casar-se, afinal o Rei, pai de Shams deu plena liberdade para que sua filha escolhesse seu marido.
Com a proximidade dos apaixonados, surgiu um burburinho infindável.
Os comentários chegaram nos ouvidos do príncipe que chamou Shams para ter uma conversa muito séria.
" Deseja falar comigo?"
" Sim Princesa. Acredito que duas semanas de música já foram o suficiente para conquistá-la, e já está na hora de você me dar sua resposta."
" Você acha mesmo, Alteza, que duas semanas de música iriam me conquistar?"
Ele ficou mudo.
" Você acha mesmo?" ele repetiu.
" Não... Mas eu ouvi dizer..."
" Eu sei muito bem o que você ouviu dizer, Alteza, e atrevo-me a dizer que sou livre pra escolher com quem devo e quero me casar!"
" O que você está querendo dizer com isso?"
" Que não vou me casar com você!"
" Por que?"
" Por que não. Essa é minha vontade, e meu pai a respeita. Além do mais meu povo não merece um governante tão prepotente como Vossa Alteza!"
O príncipe ficou estupefato, queria matar Shams. Mas ele bem sabia, não tinha forças para competir com a Filha e Protegida do Sol.
Partiu em retirada, e levaria seus músicos consigo no dia seguinte.
Na mesma noite Shams e Oraht encontraram-se as no jardim do castelo. A Princesa não sabia em si de alegria, afinal o príncipe prepotente iria embora, e finalmente ela e Oraht ficariam juntos!
Oraht chegou ao encontro vinte e cinco minutos atrasado. Shams já estava preocupada.
Ela aproximou-se dele, mas ele se esquivou do beijo dela.
" O que foi, meu amor?"
" Alteza, precisamos conversar..."
" Alteza? O que você está dizendo Oraht?"
" Eu partirei junto com o grupo..."
" O que?!" Shams tinha lágrimas de raiva e dor em seus olhos. " Que loucura é essa? Nós iriamos nos casar!"
" Mas se eu me casar com você me tornarei um rei!"
" Sim."
" Eu não quero ser rei, Alteza! Não quero ter todas as obrigações de um rei... Eu quero viver de música, do meu alaúde, quero tocá-lo desde a hora que acordo até a hora que vou dormir! É isso que eu quero pra minha vida! Mas se eu me tonar rei não vou poder tocar meu alaúde, não viverei de música, terei todas as chateações que um chefe de estado tem!"
Shams viu uma esperança.
" Então, deixe-me ir com você Oraht! Eu largo tudo, renuncio a realeza, a majestade por você! Levaremos uma vida simples, regada de música... Eu poderia escrever suas canções, e você as tocaria!" Shams sorria para ele.
" Não Alteza... Eu não disporia de tempo para me dedicar a você, dar-lhe a atenção que uma mulher necessita, não estou disposto a magoá-la!"
Shams viu em Oraht o homem mais covarde do mundo. Sentiu pena por ele, e pela primeira vez na sua vida o amargor da raiva invadiu sua boca.
" Você não pode fazer isso comigo! Eu te amo!"
" Desculpe Alteza..."
Oraht saiu, sem dar mais explicações. Soltou a mão de Shams e partiu.
A Princesa passou a noite chorando.
No dia seguinte, os músicos e o principe partiriam. Shams teria que vê-lo, montado em seu camelo, deixando-a para trás.
Estavam todos reunidos, a cidade toda reunida para despedir-se dos visitantes.
Shams estava linda, mas com o coração em pedaços.
Quando estavam partindo o Sol fez-se intensamente forte.
Todos tornaram seus olhos para Shams.
Ouviu-se uma voz forte, alta, e amedrontadora.
" Quem ousou ferir o coração da Princesa Sol?"
Todos ficaram apavorados.
Shams estava perplexa.
" Onde está 0 infeliz? Apareça se for homem!"
Oraht apresentou-se.
" Sou eu, quem está falando?"
" É O SOL QUE VOS FALA! O ASTRO SUPREMO! E você meu rapaz, você não deveria ter machucado o coração da minha filha!"
Oraht estava mudo e apavorado.
Então o Sol ficava cada vez mais forte, e seus raios aproximavam-se de Oraht. Logo, ninguém pode ver mais nada, e o Sol engoliu Oraht!
Shams limpou três lágrimas que escorreram.
A população, o rei, a rainha, o príncipe e os sacerdotes, estavam todos apavorados.
Shams deu meia volta e saiu.
" Que isso sirva de lição a vocês, meros mortais insignificantes! Ninguém mais ouse machucar o coração da Princesa Sol, ou queimará até morrer!"
Então, a noite caiu.
Ninguém ousou acusar Shams de nada, afinal que culpa ela tinha de ser filha, escolhida e protegida do Sol...
Shams casou-se com um principe estrangeiro após três anos. Tiveram oito filhos. E quando Shams estava velha, em seu leito de morte, belíssimos raios de Sol invadiram seu quarto e levaram-na para o além mundo.
Conto essa história para os meus filhos, enfatizando-a para os meus filhos homens, afinal não se brinca com o coração de mulher, qualquer que seja, pois não sabemos onde isso poderá nos levar. Poderemos nos arrepender, ou até sermos engolidos pelo Sol...

quinta-feira, 5 de março de 2009

A Síntese


- Deixa eu segurar seu copo?


- Você não estava parando de beber?


- É que eu queria alguma coisa nas mãos agora.


- Mas você tem...


- Eu?


- Eu.
(...)

quarta-feira, 4 de março de 2009

" Posso pedir pra você tirar os óculos?"

Era sua última esperança. Já havia feito tudo o que podia.
A música já era um sucesso. Comentava-se por todos os lados.
Será possível que ela não escutava rádio? Será que ela não abria a caixa do correio?
Ele havia mandado um CD com a "demo" pra ela. De duas uma: ou ela havia jogado fora, ou nem havia escutado.
Ele não sabia o que era pior.
Olhou ao seu redor, apenas luzes e prédios. "Edifício Brandão Bueno", era esse o nome; pelo menos o nome que ele havia conseguido na redação que ela trabalhava.
Hesitou em sair do carro.
" E se ela não abrir a porta?"... " Ah, eu fico lá até ela abrir!"
Respirou. Logo o carro dela passou por ele. Escutava música alto e cantava.
Ela estava usando óculos?
Ficava tão séria de óculos.
Achava que não conseguiria enfrentar aquela situação com ela de óculos. Não mesmo.
" Vou embora".
Ligou o carro. Hesitou mais uma vez.
" Sou um covarde"- pensou.
"Não, não sou!" respondeu para si mesmo.
Num raio, saiu do carro e já estava na portaria. Informou seu nome ao porteiro, e disse para chamá-la.
E ele pode ouvir a voz dela dizendo.
" Pode deixar subir, Pedrão."
Ele gelou por dentro. A voz dela não havia mudado. Mas e os sentimentos?Entrou no elevador. Ela morava no oitavo andar. Oito era o número da sorte dela e dele.
Sentiu-se claustrofóbico de tanta ansiedade. Subir ao oitavo andar nunca demorara tanto. "Deveria ter subido de escadas"- pensou.
Chegou lá. No número em que o porteiro denominado Pedrão dissera.
Era agora ou nunca.
Tocou a campainha.
Ela abriu. De óculos evidentemente.
Sorriu.
Estava linda. Como sempre.
" Eu já esperava a sua visita. Entre..."
O apartamento dela era muito bonito.
" Elis e Naíma sairam. Quer tomar alguma coisa."
Ele permaneceu calado.
" Esqueceu a língua em casa?" ela riu.
" Desculpe, não sei nem o que dizer. Na verdade, não sie se deveria estar aqui."
Ela o fitou séria. E aqueles óculos, ah aqueles óculos causavam nele um frio na espinha.
" Posso pedir pra você tirar os óculos?"
" Pode, mas posso saber por que?"
" Você fica muito séria de óculos, me assusta."
Ela sorriu.
" Senta."
" Você recebeu o meu CD?"
" Recebi."
" E por acaso você ouve rádio?"
" Sim, ouço..."
" Então você sabe que a música que eu fiz pra você é sucesso, né?"
" Sei sim... é linda..."
" E?"
" Vá direto ao ponto..."
" Por que você não me procurou, quando soube da música?..."
" Não sei... Eu até pensei, mas..."
" Mas o que?"
" Não sei o que aconteceria..."
" Posso dizer uma coisa?"
" Pode..."
" Eu Te Amo Alice..."
" Sempre quis ouvir isso de você..."
(...)

Comunicado do Coração!!!












...


terça-feira, 3 de março de 2009

Palavrasnacabeça

Eis me aqui, com a mente fervilhando de idéias. Precisava escrever.
A Princesa Sol eu continuo outro dia. Agora já noite.
Não há nenhum sinal se você aqui.
Esses dias me arrependi de não ter aprendido a tocar violão; não sei nem fazer uma melodia para a música que eu fiz.
Poderia pedir pra você, mas a música fala de você, então, como?
Alice está se recuperando. Mas eu sinto, não sei porque, que ela gosta de gostar do Seu Coelho. Mesmo quando não pode, quando não deve, quando ele não está nem aí.
Ela gosta de mergulhar naquele mar de ilusões coloridas e sonoras e deliciar-se com seus sonhos e utopias. Mesmo sabendo que eles não vão acontecer.
Ela gosta sim. Poderia ser altamente tóxico, mas na verdade não é. É um bálsamo para seus dias cinzentos.
É preferível levar essa ilusão adiante- ela me disse outro dia.
Não tem nada que a conforte mais do que andar pela casa, falando sozinha, e quando deita pra dormir, fica lá imaginando finais de semana encantados, sonhando, até dormir de verdade.
Alice... Fico tão feliz dela ter voltado. Mesmo com toda essa maré agitada, Alice me faz feliz. E mesmo que as coisas não sejam felizes, Alice é feliz.
Alice me faz sorrir. Alice me faz gostar.
Alice... Nunca mais quero me despedir dela.
Espero, que mesma com essa overdose de sentimentos e com esse calor insuportável, que Alice continue assim, com o sorriso no rosto, amor no coração, irradiando perfume e alegria.
Até mamãe gosta da Alice...
E você? Eu sei, você também gosta dela. Só não se acostumou com a idéia de ela ter voltado.
A mesa vai virar pro Sr Coelho, eu sinto...
Porque Alice... Alice é apaixonante...
Hahaha! Olha ela aí, sonhando outra vez....

A Princesa Sol e o Tocador de Alaúde

"Não me lembro quanto tempo faz exatamente desde que ouvi falar pela primeira vez de Shams.
Todos nessa região já haviam ouvido falar da história, ou do mito da Princesa Sol, e principalmente da história dela com o Tocador de Alaúde. Mito ou verdade, Shams sempre foi um mistério para todos nós. Se ela havia realmente existido, isso apenas o Sol sabe
. "
Conta-se que na região do Oriente Médio, não se sab exatamente onde, havia um Rei que fez uma oferenda ao Sol, para que lhe desse um herdeiro. A rainha, sua esposa, engravidou.
Passaram-se nove meses. Na hora do parto, o bebê, uma menina, parecia ter nascido morto. Fantasticamente, um feixe de luz do sol foi em direção a pequenina, fazendo seu corpinho gelado esquentar, e emitindo um suspiro, e logo em seguida um choro.
Foi um Milagre do Sol- todos aclamaram. E em homangem ao Astro Supremo, deram o nome da menina de Shams, que logo ficou conhecida como Princesa Sol.
Shams, diferente de seus pais tinha os cabelos loiros, bem claros, e os olhos verdes como duas campinas férteis.
Os astronomos diziam que Shams era uma Filha do Sol, que ela carregava a força do Astro em seus cabelos e que qualquer coisa que ela pedisse ao Sol, ele faria
Todos os dias Shams acordava, antes do Sol nascer, estendia seus braços para o céu. Os primeiros raios iam surgindo, e Shams se nutria deles, como uma planta, que se nutre da luz do Sol.
Desde pequena, quando estava doente, sua ama a levava para o terraço, tirava toda sua roupa e pedia para que ela deitasse. O Sol imediatamente lançava seus raios sob ela, e como num passe de mágica, estava curada.
Shams podia olhar diretamente para o Sol. Ele não queimava sua retina e nem a feria. O Sol e Shams eram um só.
O tempo passou, o vento espalhou a história da Princesa Sol por todo o Oriente.
Vinham príncipes de todos os lugares para desposar a mão de Shams. Mas ela não se interessava por nenhum.
Não encontrava nos olhos de nenhum deles a sinceridade e a beleza de um amor terno; pelo contrário, só via a cobiça e a ganancia.
Shams já estava cansada, quando um príncipe de belos olhos profundos decidiu cortejá-la levando uma orquestra para impressioná-la.
Shams gostava muito de música, e sentou para assistir, mas sem demonstrar maiores interesses.
Foi quando, no meio daquele monte de músicos ela pode enxergar, um homem. Um homem de olhar terno, sorriso discreto, cabelos lisos e nariz pontiagudo, como de um legítimo árabe. Um lindo homem que tocava alaúde como um anjo. Era tão harmônico o jeito como ele tocava, tão lindo. Shams ficou hipnotizada.
Logo o tocador de alaúde percebeu os olhares de Shams, e retribuiu o tempo todo.
Ficaram nessa troca de olhares até a orquestra se encerrar.
O príncipe, percebendo o sorriso de Shams disse pretencioso:
" Acredito que soube encantá-la!"
" Sim. Foi maravilhoso. E se Vossa Alteza não se incomodar, gostaria de assistir essa belíssima orquestra amanhã de novo!"
O Príncipe esbanjou um enorme sorriso.
" Que seja feita sua vontade, Princesa."
Shams sorriu e o tocador de alaúde entendeu.
Ali começaria uma linda e infinita história...

segunda-feira, 2 de março de 2009

Quem te faz feliz? ( Autor Desconhecido)


'Durante um seminário para casais, perguntaram a uma das esposas:- 'Seu marido lhe faz feliz? Ele lhe faz feliz de verdade?' Neste momento, o marido levantou seu pescoço, demonstrando total segurança. Ele sabia que a sua esposa diria que sim, pois ela jamais havia reclamado de algo durante o casamento. Todavia, sua esposa respondeu a pergunta com um sonoro 'NÃO', daqueles bem redondos! - 'Não, o meu marido não me faz feliz'! (Neste momento o marido já procurava a porta de saída mais próxima). 'Meu marido nunca me fez feliz e não me faz feliz! Eu sou feliz'. E continuou: 'O fato de eu ser feliz ou não, não depende dele; e sim de mim. Eu sou a única pessoa da qual depende a minha felicidade. Eu determino ser feliz em cada situação e em cada momento da minha vida, pois se a minha felicidade dependesse de alguma pessoa, coisa ou circunstância sobre a face da Terra, eu estaria com sérios problemas. Tudo o que existe nesta vida muda constantemente: o ser humano, as riquezas, o meu corpo, o clima, o meu chefe, os prazeres, os amigos, minha saúde física e mental. E assim eu poderia citar uma lista interminável. Eu decido ser feliz! Se tenho hoje minha casa vazia ou cheia: sou feliz! Se vou sair acompanhada ou sozinha: sou feliz! Se meu emprego é bem remunerado ou não: eu sou feliz! Sou casada, mas era feliz quando estava solteira. Eu sou feliz por mim mesma. As demais coisas, pessoas, momentos ou situações eu chamo de 'experiências que podem ou não me proporcionar momentos de alegria e tristeza. Quando alguém que eu amo morre eu sou uma pessoa feliz num momento inevitável de tristeza. Aprendo com as experiências passageiras e vivo as que são eternas como amar, perdoar, ajudar, compreender, aceitar, consolar. Há pessoas que dizem: hoje não posso ser feliz porque estou doente, porque não tenho dinheiro, porque faz muito calor, porque alguém me insultou, porque alguém deixou de me amar, porque eu não soube me dar valor, porque meu marido não é como eu esperava, porque meus filhos não me fazem felizes, porque meus amigos não me fazem felizes, porque meu emprego é medíocre e por aí vai. Eu amo meu marido e me sinto amada por ele desde que nos casamos. Amo a vida que tenho, mas não porque minha vida é mais fácil do que a dos outros. É porque eu decidi ser feliz como indivíduo e me responsabilizo por minha felicidade. Quando eu tiro essa obrigação do meu marido e de qualquer outra pessoa, deixo-os livres do peso de me carregar nos ombros. A vida de todos fica muito mais leve. E é dessa forma que consegui um casamento bem sucedido ao longo de tantos anos. Nunca deixe nas mãos de ninguém uma responsabilidade tão grande quanto a de assumir e promover sua felicidade.'



Esse texto eu li no fotolog da Juliana Lohmann, e achei um máximo!

Para quem gosta de boa leitura, aí vai o blog dela, que além de ser uma linda atriz é uma escritora muito talentosa.