domingo, 23 de novembro de 2008

Soledad

Na minha janela vidro molhado do lado de fora. Um domingo gélido e sem nenhuma importância.
Ninguém para dividir um segredo.
Sola. Estoy sola. Escutando Andalucia.
Estava calor e de repente o sol sumiu. E a menina que pintava suas bochechas com rouge para ter uma expressão de boneca fez-se quieta.
Andalucia andalucia.
Não pretendo ferir, nem chatear coração algum com a minha tristeza dominical, mas depois de sofrer pressão psicológica e descobrir que não sei nada de física, eu só queria fazer aquilo que me conforta depois de te olhar nos olhos.... escrever....
Meus dedos perdidos não sabem o que escrever, mas sentem uma sede, uma necessidade de dançarem pelo teclado em busca de qualquer palavra que satisfaça meu silêncio.
Soledad.
Hoje sou Soledad no real sentido de suas letras. Soy Soledad. Morrendo de saudades, em busca de você por entre as ruas vazias de uma cidade que você não habita e nem meu coração.
Não é dispendioso, e nem me faz sofrer, mas eu tinha esquecido o que era tristeza de domingo.
Hoje bateu. Tudo bem, vai passar.
Amanhã vai ser segunda. É só fechar os olhos.
O cinza do céu não ajuda. Nem os hormônios.
Eles estão alterados. Eu sofro as consequências da vontade deles.
Por favor, só não me façam chorar.
Minhas mãos estão sozinhas demais para isso.
Hoje não há ninguém para dividir um segredo.
Mas hoje vai acabar, e amanhã será segunda.
Bingo!

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