"Não há mais nada.
É só eco da minha voz procurando com quem conversar.
Luzia, onde está Luzia?
Luz que me incendiava e reluzia seu amor, ah Luzia...
Reluz, andaluz, cigana de mil feitiços que eu julgava inúteis contra meu ceticismo.
Oh Luzia, venha ler a minha mão, vem me dar o teu perdão,
Eu já não tenho coração, nem alma, nem pão.
Sem você Luzia, tenho passado meus dias de cão.
Luzia, Luzia, vem ler a minha sorte
E afasta a dor de morte que me causa tua ausência.
Luzia, eu sei que errei
E que por nada fraquejei, e não te fiz minha mulher.
Eu lhe achava oportunista, mas na verdade você só era artista
Do circo do amor.
Ai Luzia, essa dor tá no meu peito,
não vai embora, não tem jeito.
Me perdoa, minha cigana.
Eu esqueço sua vida mundana
E que você já esteve na cama com alguém que não era eu.
Luzia, faz de conta que você é pura
E que nunca esteve na rua,
dançando para lua.
Luzia, Luzia, Luzia....
Volta reluzir na minha vida...."
E Luzia, lendo o poema do atrevido respondeu.
" Não volto, não adianta chorar. Fui reluzir em outro lugar! Colha agora o que deu de suas sementes de erva daninha! Eu sou mais eu, eu sou Luzia!
Ah, melhore a caligrafia!"
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