segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Tarde de Outono


Lá fora o azul do céu mostra-se pálido. As folhas da jaboticabeira caem num espetáculo dançante, como fadas a voar. Venta um vento gelado, daqueles que pedem mais uma blusa.
Um dia típico de outono, um dia propício pra ficar em casa debaixo das cobertas, tomando chocolate quente com aquele que não sai dos pensamentos.
Um dia pálido e sem muita cor.
O sol vendo esse quadro, insiste em aparecer, mesmo que as nuvens façam um pouco de força para encobrí-lo, e ele se mostra pra dar mais luz e mais vida para o cenário.
Eu vejo as nuvens se deslocarem de um lado para o outro. Em poucos segundos já não há o mesmo desenho branco que eu havia visto no céu.
A goiabeira é lar dos pequeninos sabiás e outros passarinhos que não sei o nome. Logo mais ele se poe a cantar e a voar pelo quintal, comendo sementinhas e bebendo da água do cachorro.
Hoje é mais um dia como outro dia qualquer de outono. Não há nada fora do normal, nada mudou no dia.
Só eu que passei a perceber, a reparar um pouco mais na vida, nas obras da Natureza, no espetáculo que ela me oferece todos os dias, e eu, muito distraída, nem percebo.
Hoje poderia ser um dia como outro qualquer, mas eu prefiro fazer dele um dia bonito, mesmo que o céu teime em acinzentar, que as nuvens tentem esconder o sol, que o frio me dê preguiça de sair de casa.
Hoje eu quero que meu dia seja bonito e suave.
E assim ele será.

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