É assim, escondida, reprimida.
Oculta. Não tem culpa. É a política.
Não.
É a cultura.
Tem lábios que não falam.
Um nariz que não se mostra aos odores da vida.
Suas orelhas ouvem tão pouco. O suficiente para saber, calar.
Ousar?
Não.
Seus olhos veem um mundo quadriculado. Um mosaico, que se desfaz o chegar em casa.
Calada. Resignada.
Respeita, aceita.
Se confunde no meio de tantas. Preto, azul marinho, azul.
Só as mãos, só essas são nuas, despidas. Pintadas em dia de se despir.
Casamento.
São panos. Não sufoca.
Acostumou-se. É assim.
Seu exílio, seu mundo. Debaixo de panos.
Sonha, inventa, encanta.
São muitas diferentes, mas o mesmo nome.
Educa, escuta. Não fala.
A burca.
2 comentários:
A beleza e a sabedoria se escondem atrás da mais fina malha que cobre os olhos marejados de quem enxerga distorcido, com dúvidas, o sentido querer ser enxergado.
huieeahueha
muiiito foda seus textos... muito mesmo!!... adorei!!!
esse comentario vale por todos eles ;)
uaheuiah
vamo continuar que a gente chega no new york times xD
iuaeha
beijão!!!
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